quinta-feira, 2 de abril de 2009

"O amor se abriu pra mim, logo depois que você foi embora"

Le Cordon Bleu!

Imagine que a vida fosse a "Le Cordon Bleu". Um lugar com todos as cores, sabores, odores e ingredientes que nem cabem na imaginação da gente. Chegando lá, lhe dão a chance de montar o grande prato de sua vida, mas com uma condição: terás que harmonizar o doce e o salgado, precisarás fazer valer o ardido e refrescante. E três chances lhe serão dadas: poderás errar na primeira, permanecer no erro na segunda e finalmente, na terceira chance, reconhecê-lo.

E se fosse assim? E se a vida nos desse apenas três chances para reconhecer o grande erro?

Eu acho que Le Cordon Bleu se dividiria da seguinte forma:

Os egocêntricos, os egoístas, os dedicados, os humildes, os sábios.

Os egocêntricos, no primeiro erro, sairiam dali para abrir sua própria escola que certamente se chamaria, "Le Umbigleu".

Os egoístas, seriam os alquimistas do apocalipse. Misturariam todos os ingredientes que lhes apetecessem, ignorando qualquer dor de barriga alheia que pudessem causar.

Os dedicados, elaborariam teorias acerca do erro tentando decifrar a qualquer custo o enigma da esfinge. Eles perderiam a vida pois gastariam todo o seu precioso tempo elocubrando, e não lhes sobrariam dias para o fluir das alegrias.

Os humildes, repetiriam incansavelmente o mantra: não sei onde eu errei, mas confesso que errei.

Já os sábios, no primeiro erro, sentiriam a dor. No segundo, se redimiriam da falha e no terceiro, seriam egocêntricos o suficiente para saber que o erro enobrece, um tanto egoístas para não se matarem por ele, dedicados na busca do diagnóstico e humildes para, de coração, se desculparem e sentirem-se prontos para seguir adiante.