terça-feira, 30 de junho de 2009

Pra minha mais nova amiga de infância...

Alguns encontros são completamente inesperados e profundamente arrebatadores. A vida chega e sem dar aviso, coloca diante de nossos olhos, alguém que de cara nos deixa a certeza de que nunca estaremos sozinhos.

Foi assim com você, minha linda e querida amiga. Dona de um sorriso maravilhoso e franco. As vezes parece uma criança de tão surpreendente. Noutras, mostra a força de uma mulher incrível, encantadora, singular.

Quero ter você pra sempre ao meu lado. Amizades assim não nos arrebatam todos os dias. E olha que o maior presente que tenho na vida são os meus amigos. Muitos e muito especiais.

Que bom ter você entre eles! Que lindo presente ter você por perto!

Com carinho,

Flá.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Férias

Preciso de férias. Férias da Flávia Campos - a ilustre desconhecida publicitária planejadora. Férias das reuniões exaustivas mas nem sempre produtivas.

Férias da maquiagem rápida que faço no meio da Sumaré engarrafada e que diga-se de passagem, me rendeu uma multa no mês passado. Na falta da categoria - bancando a perua no volante - fui multada por falar ao telefone. Eu só tava passando um corretivo básico nos olhos, saco!

Preciso de mim. De um tempo comigo. Sabe eu? É, euzinha. A Flá. Sem corretivo, sem batom, sem juízo, sem ressalvas nem poréns nem a caceta do texto legal que o mundo corporativo, muitas vezes nos obriga a armazenar no "eusouprofissional" mode on.

Preciso ir por aí. E só não levo um violão porque não tenho. Não sei tocar. Sempre amei música. Mas nunca toquei. Salvo o piano, minha fugaz e maior paixão. Na música, é claro.

Preciso de mim mais do que qualquer outra pessoa no mundo possa precisar agora. Quero o meu colo, a minha companhia bipolar, os meus conselhos e as minhas palavras nada sábias, mas sempre sinceras.

Preciso dar um tempo dessa merda toda. Dessa gente de latex, plástico, que compra óculos escuros (beeeeem grandes) pra não ter que olhar nos olhos.

Pretendo levar só o protetor solar e o ipod. Os vinhos e livros eu compro pelo caminho. Sempre adorei livrarias. Já a paixão pelo vinho é um pouco mais recente. Mas completamente ignorante. Não entendo nada. Coisa chata é entendedor de vinho, né não?

Os amigos de sempre, vão como sempre no meu coração. O sorriso franco e o peito aberto garantem a conquista dos novos.

Vou andar, bater perna, perambular. Vou observar. Não sei bem do roteiro, só sei do meu caminhar. O que quero mesmo é estar em boa companhia. E no caso, tô falando de mim. O assunto sou eu. Não o "eu" publicitária, mas o "eu" na íntegra, nas entrelinhas. Em carne, osso, víceras e coração.

Preciso de férias. Não sei se longas, curtas, literais. Preciso de ar. De mar. De mim.

E como cantou o mestre Cartola - deixe-me ir, preciso andar.

Alguma sugestão de roteiro que atenda o meu precisar?

Flá, apenas.

domingo, 21 de junho de 2009

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ronaldo!

If you forget me - Pablo Neruda

"I want you to know
one thing.

You know how this is:
if I look
at the crystal moon, at the red branch
of the slow autumn at my window,
if I touch
near the fire
the impalpable ash
or the wrinkled body of the log,
everything carries me to you,
as if everything that exists,
aromas, light, metals,
were little boats
that sail
toward those isles of yours that wait for me.

Well, now,
if little by little you stop loving me
I shall stop loving you little by little.

If suddenly
you forget me
do not look for me,
for I shall already have forgotten you.

If you think it long and mad,
the wind of banners
that passes through my life,
and you decide
to leave me at the shore
of the heart where I have roots,
remember
that on that day,
at that hour,
I shall lift my arms
and my roots will set off
to seek another land.

But
if each day,
each hour,
you feel that you are destined for me
with implacable sweetness,
if each day a flower
climbs up to your lips to seek me,
ah my love, ah my own,
in me all that fire is repeated,
in me nothing is extinguished or forgotten,
my love feeds on your love, beloved,
and as long as you live it will be in your arms
without leaving mine."
"Não tenho tempo pra mais nada. Ser feliz me consome!"

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Com a cabeça nas nuvens e os pés no chão

Preciso respirar, mas pretendo continuar perdendo o fôlego.

Valorizo certa seriedade na forma de conduzir o pouco sobre o qual eu tenho controle, mas quero chorar de rir evocando a molecagem, a infância, a palhaçada.

Quero meus pés bem firmes no chão, mas vou saltar sem medo da queda, sentindo sinceramente o vento na cabeleira.

Quero que a vida me aponte caminhos para que eu possa escolher e para que eu escolha renunciar. Afinal, já sou bem grandinha pra saber que tudo, não da pra ter. E que cada escolha é também uma renúncia.

Quero o picadeiro, as luzes e a pista cheia, para depois poder voltar para uma cama quentinha e para um abraço que me faça sonhar. Quero um chamego ao silenciar da noite e um café forte na cama ao nascer do sol.

Quero o doce, o frio, o salgado, o quente. Quero os sentidos e os sentimentos. Todos eles no volume máximo. Eu vivo a vida em voz alta. E isso é lindo.

Quero o singular no plural. Quero a transformação no gerúndio. Mudando tudo dentro e fora.

Eu quero a completa intensidade das horas em que plural e singular se misturam. Eu não quero explição. E não quero me explicar. As vezes me sinto como um produto sem manual de instruções. Não sei como me operar. Adoro isso. O previsível sempre me cansou um tanto.

Saibam, eu sempre surpreendo. A mim e aos outros. Isso não tem fim. Espero que nunca tenha.

sábado, 6 de junho de 2009

quarta-feira, 3 de junho de 2009

34 anos daqui a exatamente 1 mês!

Muito bem vividos, diga-se de passagem.

Repletos das alegrias e das dores que fizeram de mim tudo isso e mais um tanto!

Imperfeita assumida e declarada.

Na eterna tentativa de ser uma pessoa mais digna de tudo de incrível que a vida tão generosamente, sempre colocou na altura dos meus olhos atentos e curiosos. E claro, eternamente gratos.

Quem me conhece e gosta, que esteja ao meu lado nessa doce jornada.

Quem não gostar, que saia delicadamente da sala!

terça-feira, 2 de junho de 2009

A vida é uma só

Clichê né. Pois é. Mas as vezes a gente nem se da conta do quão verdadeiro ele é. Se vamos nascer de novo, se vamos reencarnar, se viveremos num condomínio cheio de cachorros lindos correndo de um lado pro outro no céu (minha concepção de céu é essa, um lugar cheio de cachorros lindos e saltitantes) ninguém sabe. E se soubéssemos seria uma falta de sentido isso aqui. Sabe por quê? Porque muitos passariam a vida no sofá esperando que a próxima vida fosse mais movimentada.

Um avião caiu no domingo a noite. Desintegrando promessas de vida nova, de amores futuros, de possíveis filhos, de um reencontro que dolorosamente não acontecerá.

Eu poderia estar lá. Você também. E um de nossos amigos ou familiares. E ainda que nenhum dos nossos conhecidos estivesse la dentro, é impossível não se comover, não se questionar, não se entristecer. Somos todos, absolutamente frágeis. Cristal.

A vida é assim, num segundo tudo está inteiro e no segundo seguinte, tudo pode estar aos cacos. Portanto, eu quero continuar vivendo intensamente. Pingando de suor na pista de tanto dançar. Fazendo com paixão o trabalho que me propus a fazer. Me apaixonando perdidamente. Tendo noitadas de vinho e de riso descontrolado com meus amigos, ainda que eu esteja um caco depois de um dia de trabalho insano.

Eu vou continuar tratando todas as pessoas que me são caras e imprescindíveis com o maior amor desse mundo. Ainda que eu me decepcione, ainda que eu um dia as perca, ainda que elas decidam sair da minha vida sem dizer o motivo. E principalmente, vou fazer acreditando no dia de hoje, que pode ou não ser o último, mas que certamente é único. E é único pois é dele que é feito o agora. E o agora, é tudo o que temos na vida.

Eu quero viver os ganhos sem o medo das perdas. Elas são inevitáveis e uma hora acontece pra todos nós. Eu quero me jogar nas presenças. Quanto às ausências, cabe a cada um de nós sofrê-las sem deixar que a vida pare. Temos todos os nossos momentos de luto. Seja pelas rupturas bruscas dos nossos relacionamentos afetivos, seja pela dor incomparável causada pela morte daqueles que amamos.

Não há como evitar a dor. Uma hora ela chega sem bater na porta e entra, ainda que esteja trancada. Mas há como viver os momentos de alegria até a última gota. Com gratidão, com o coração descompassado de emoção, inocente como o coração das crianças que simplesmente aceitam que nunca saberão do que virá.

Se o amanhã será melhor ou pior, não me interessa saber. Eu quero mais é me jogar no hoje, no agora, no minuto precioso de vida que tenho nas mãos. Ele é só o que tenho, ele é tudo o que preciso. Se for triste, vai passar. E se for feliz, também.