quarta-feira, 23 de junho de 2010

Alguém esbarrou em mim e me derrubou as certezas! :-)

Além das sombras!

Viver à sombra de uma frondosa arvore foi a maneira que encontrei de me manter à salvo da luz do dia. Minha casa é minha zona de conforto, é o lugar onde posso ser quem sou e brincar de ser quem não sou, de vez em quando, sorrindo pro espelho. E ninguém precisa saber o que faço quando estou apenas comigo, quando danço de calcinha pelo corredor ou quando deito com o rosto colado no chão do banheiro. Escolhi viver à sombra por não poder prever o que a minha própria luz poderia atrair para mim. A gente vai envelhecendo junto com os galhos das árvores que nos sustentam e ficamos cada vez mais sós. Temos medo de estender a mão, de levantar, de seguir em frente. E só nos resta viver à sombra dos nossos sonhos, de nossos mundos imaginários, de nossas zonas de conforto. E acordamos, todos os dias, entediados com a perspectiva de mais vinte e quatro horas previsíveis cheias de contas a pagar, horários a cumprir e faixas de pedestre para atravessar. E andamos pelas ruas, acompanhados de nossas próprias sombras, sem sequer olhar pros lados, como robôs de algum filme futurista e não ousamos sair do script que nós mesmos escolhemos encenar. Porém, tudo o que desejamos é que alguém, em algum momento, esbarre em nós, derrube as certezas que carregamos e nos ajude a recolher o que ficou caído no chão. Sonhamos que alguém, algum dia, irá realmente reparar em quem somos para além de nossas zonas de conforto, que unicamente se importará conosco, por saber que para além das sombras que exibimos, existem as luzes que insistimos em esconder.
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Maíra Viana
“O que eu peço é que você seja sempre de verdade também. Que me queira assim, imperfeita e cheia de confusões. Que saiba os momentos em que eu preciso de uma mão passando entre os fios de cabelo. Que perceba que às vezes tudo o que eu preciso é do silêncio e do barulho da nossa respiração. Que veja que eu me esforço de um jeito nem sempre certo. …

O que eu peço é que você me veja de verdade. …

E entenda que de vez em quando faço questão de não saber nada. Que você note que eu faço o melhor de mim, mas que as vezes, desconheço o que eu realmente posso ser. Peço que você tenha paciência grátis e um colo que não faça feriadão…”

Para a minha amiga @marcelaferri, a @FlaCampos (no caso, eu) = Mutley

Sinceridade é tudo né, gente! :-)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Que amooor!

Volo - Le Dimanche from Cube Creative on Vimeo.

LE SCAPHANDRE ET LE PAPILLON

- my diving bell has dragged you down to the bottom of the sea with me..

- jean-do, i don’t find it so bad that you drag me down to the bottom of the sea... because you are also my butterfly.

[com essa baita declaração, jean-do termina o livro e explica o filme.]

(Via Amanda Agostini)

Amo esse filme. Chorei baldes. Só pra contar.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Tá?

... aí quis twittar, mas percebi que meu texto não é o bom o suficiente para se fazer entender em 140 caracteres...

...Não sou boa num monte de coisas. Sou desafinada nos sentimentos. Meu texto é inflamado, convicto demais. Minhas palavras são dramáticas, nada poéticas, zero políticas. Nem Nelson Rodrigues, nem Dostoyevsky. Sou um "meio do caminho" pintado por Frida. Um meio do caminho a espera do fim do roteiro. Um caminho inteiro que não percorri, a espera de...

sexta-feira, 4 de junho de 2010