segunda-feira, 28 de setembro de 2009

"Scusa Ma Ti Chiamo Amore"



E a trilha....



Não vai fazer diferença a idade, a profissão, a experiência, o currículo.

Se conhece o mundo o inteiro, se escolhe o vinho pela safra ou se não entende nada de uvas. Se tem planos grandiosos, se já se casou, sem tem filhos ou se nem pensa nisso.

Não será levado em conta o passado, os ex amores, os traumas, as dores.

Nada pode impedir, nem boicotar, nem fechar o tempo para o amor ensolarado quando ele resolve chegar.

De nada adiantam os planos, planilhas, cartomantes, florais.

Nem os rivotris, passifloras, terapeutas, arsenais.

O amor quando chega, nos tira a calma, remove das paredes as fotos antigas, expulsa da casa o cheiro de mofo, se instala ali e cria raízes.

Ele vem comer pipoca no sofá e nos deixar recados carinhosos no Moleskini, que subitamente nos encanta ao acordar.

E nos ensina o que já sabemos de cor...
E nos surpreende com uma verdade que é nossa...
E nos leve a crer na felicidade possível...

E gratos que somos, retribuímos...

E felizes que estamos, nos entregamos!

domingo, 20 de setembro de 2009

Maratona de DVD's num domingo nublado. "O Amante", "A Viagem do Balão Vermelho" e "Frost/ Nixon". Amei todos!

sábado, 19 de setembro de 2009

O bom senso já era, né não minha gente.

Fiquei horas pensando em como contar o episódio que segue. Pensei em falar na terceira pessoa pra fingir que não aconteceu comigo, considerei encarnar um dos personagens da Pixar, que dizem verdades de um jeito fofinho, procurei no google algo sobre aulas de "defuntês" já que morri de vergonha alheia (e devo admitir, própria também), mas fracassei. Foi aí que resolvi relatar os fatos como eles realmente aconteceram. A começar assumindo a tragédia - sim, aconteceu comigo.

Outro dia, indo jantar, esbarrei com um ilustre desconhecido no elevador. Eu saindo, ele entrando. Graças a Deus!!! E vocês já vão entender os motivos de tamanha gratidão divina da minha parte, por não ter ficado alguns andares naquele minúsculo quadrado ao lado do cidadão.

Naquela sexta-feira fui ao salão, pintei as patinhas de vermelho, mandei que deixassem meu cabelo igualzinho aos dos comerciais de shampoo, comprei roupa nova, me perfumei, me maquiei e saí de casa decidida a exuberar - vulgo: estava me achando! Mas definitivamente, causar no elevador não fazia parte dos meus planos.

Chegando em casa, o "Seu Antônio" porteiro do prédio me diz:

- Flávia, deixaram essas flores pra você.

- Cuma?

Os 40 segundos que passei dentro do elevador sem conseguir abrir o cartão, foram suficientes para imaginar todas as possibilidades - reais e improváveis - da origem daquelas flores. Já os 10 segundos que levei para ler, foram o bastante pra que eu me perguntasse: oi? hein? hã?

As flores eram lindas e as palavras delicadas e gentis. Elas falavam sobre um encontro de 5 segundos no elevador, entre o abrir e o fechar de uma porta, com uma mulher que não lhe deixou outra saída a não ser encontrar meios chegar até ela. Achei a atitude impressionantemente segura e incomum.

E terminou o cartão dizendo: prazer, Fulano. 8348 ****. Claro que me senti lisonjeada! Admiro pessoas que pagam pra ver.

(Mas cá entre nós né gente, é óooooobvio que daria merda!! Afinal, quando a esmola é muita...já sabe. Vai veeeeeeeendo...)

Antes de continuar, quero deixar duas coisas bem claras: 1 - eu sou do tipo que acredita que o acaso nos reserva sempre algo mais espetacular do que podemos supor. 2 - as vezes eu erro na mosca.

Pois bem, mandei uma mensagem agradecendo a gentileza. Ele obviamente ligou e falamos muito, sobre muitas coisas, durante muito tempo ao telefone. Confesso que foi um papo divertido que me deixou curiosa em relação ao rapaz.

Aceitei o convite pra jantar. A falta de empatia foi tanta que inventei uma alergia devastadora bem no meio do prato principal, o que por si só, já seria uma bela sinopse da tragédia. Ela piorou, quando entramos no carro pra ir embora e ele disse: escolhe um CD pra gente. Bom, entre Padre Marcelo, Roupa Nova e Fábio Junior, eu escolhi morrer. "Querido, me leva pra casa sem música mesmo, defunto não escuta" Como eu gostaria de ter dito isso. Mas fui delicada e disse: "que tal colocarmos na OI FM? Super legal, já ouviu?" O silêncio seria ensurdecedor caso a OI não estivesse ali. Nada deu liga. Nem o papo, nem as históras de vida, muito menos as preferências musicais.

Há duas quadras de casa eu já segurava decididamente a maçaneta da porta do carro, para que não houvesse chance dele desligar o motor. ELE DESLIGOU. Só pra gastar gasolina e poluir o mundo, já que desci do inferno em um segundo dizendo apenas: valeu.

Apesar de ele ter meu endereço, meu telefone e de eu ser vizinha da irmã dele, imaginei ter ficado claro que JAMAIS nos veríamos novamente. Havia um luminoso na minha testa dizendo: NEM PENSE EM ME CHAMAR PRA SAIR DE NOVO. Gente, eu não dei nenhum aperto de mão em agradecimento ao jantar. Eu fugi daquele carro como o capeta foge da cruz.

Ainda assim, o recordista mundial da falta de noção e de bom gosto musical, me ligou exaustivamente TODOS os dias por DUAS semanas. Eu não atendia, ele mandava mensagem, eu não respondia, ele ligava de novo. Sem obter resposta alguma, ele resolveu visitar a irmã e claro, teve a brilhante idéia de me interfonar dizendo: Fláaaaaa, vem aqui conhecer meu sobrinho!!!

Bom, fiquei uns 30 segundos mergulhada naquela hecatombe até que soltei a seguinte frase: fulano, estou com visita em casa e não achei delicado essa sua atitude. Você já me ligou 3 vezes essa tarde e eu não atendi. Qual a parte do "não estou interessada" eu vou ter que desenhar? Daí vem a pérola: desculpe. Você está ocupada né. Eu te ligo essa semana pra gente combinar um jantar.

Minha Mãe Menininha do "Cantuá"! Tenha piedade dessa alma inadequada. O Cara tem um vestido de noiva na mochila. Bobeou, ele te leva pro altar.

Acho que ele é do tipo que vê novela. Daí fantasia que o amor da vida dele vai aparecer do nada, numa situação improvável e se apaixonar loucamente pelos seus lindos olhos verdes. Ah claro, e se impressionar pelo seu pitoresco gosto musical.

Vou falar viu, devo ter picado cebolinha na tábua da salvação pra ter um tipo desses na minha cola. Nada pior que gente insistente que se recusa a aceitar o não como resposta.

Volta pro mar, oferenda. Volta.

sábado, 12 de setembro de 2009

Amo!!!

Música linda. Clique aqui para ouvir e ver o clip...

La Liste

Aller à un concert
Repeindre ma chambre en vert
Boire de la vodka
Aller chez Ikea
Mettre un décolleté
Louer un meublé
Et puis tout massacrer
Pleurer pour un rien
Acheter un chien
Faire semblant d’avoir mal
Et mettre les voiles
Fumer beaucoup trop
Prendre le métro
Et te prendre en photo
Jeter tout par les fenêtres
T’aimer de tout mon être
Je ne suis bonne qu’à ça
Est ce que ça te dé-çoit ?
J’ai rien trouver de mieux à faire
et ça peut paraître bien ordinaire
et c’est la liste des choses que je veux faire avec toi

Te faire mourir de rire
Aspirer tes soupirs
M’enfermer tout le jour
Ecrire des mots d’amour
Boire mon café noir
Me lever en retard

Pleurer sur un trottoir
Me serrer sur ton coeur
Pardonner tes erreurs
Jouer de la guitare
Danser sur un comptoir
Remplir un caddie
Avoir une petite fille
Et passer mon permis
Jeter tout par les fenêtres
T’aimer de tout mon être
Je ne suis bonne qu’à ça
Est ce que ça te dé-çoit ?
J’ai rien trouver de mieux à faire
Et ça peut paraitre bien ordinaire
Et c’est la liste des choses que je veux faire avec toi
ha ha
ha ya
Je sais je suis trop naïve
De dresser la liste non exhaustive
De toutes ces choses que je voudrais faire avec toi
T’embrasser partout
S’aimer quand on est saouls
Regarder les infos
Et fumer toujours trop
Eveiller tes soupçons
Te demander pardon
Et te traiter de con
Avoir un peu de spleen
Ecouter Janis Joplin
Te regarder dormir
Me regarder guérir
Faire du vélo à deux
Se dire qu’on est heureux
Emmerder les envieux.
No lugar do coração, o coração. Não coloque o cérebro lá. Não vai funcionar.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Não é a regra e cabe a nós, não deixar que se torne.

Acontece que alguns...

Exilaram a magia. Confiscaram a piada. Aprisionaram o pensamento numa gaveta pequena e fria. Na crença vil e míope de manipular o tempo, transformaram dias de inspiração pulsante, em míseras horas de noites tão insones quanto improdutivas.

Levaram embora a capacidade de surpreender. Fizeram um selo com o mantra "agregar valor" substituindo, insanamente, a graciosidade elementar por argumentos patéticos. O memorável pediu o divórcio e não deixou o novo endereço.

Por medo de apostar no incomum, elegeram a mesmice como porta-voz vitalícia das mensagens nossas de cada dia. O valor das idéias deixou de ser uma causa pela qual vale à pena lutar para virar um slogan.

Surrupiaram a inspiração e andam por aí pagando o que for necessário por algo que faça o raso parecer profundo. Proibiram a grande idéia de transitar livremente pelas cabeças de quem quer que seja, já que elas se encontram ocupadas demais em cumprir os prazos.

Burocratizaram sentimentos e intuições. Engravataram a liberdade. Censuram a vocação. Assaltaram o talento deixando o coitadinho por aí, constrangido e de calças curtas.

Prescreveram ansiolíticos para a inquietação criativa. Colocaram no pedestal a repetição, as perguntas irrelevantes, as respostas velhas e sem dentes.

Racionalizaram, endureceram, se equivocaram e não satisfeitos, elevaram a arrogância à milésima potência, causando a impotência - espero que temporária - do dom de transformar uma puta idéia em gargalhadas, diversão, lágrimas, motivação e por fim, no tão esperado, relacionamento.

Ainda assim, eu acredito. Apesar de tudo, tenho absoluta certeza da fragilidade da miopia. Afinal, temos muitos corações encantados por aí, semeando pacientemente, a possibilidade da volta do encantamento.

Que seja possível encantar, que do encantamento venha o desejo e que cada desejo se transforme em realização.
E.N.L.O.U.Q.U.E.C.I.D.A D.E T.R.A.B.A.L.H.O...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

No mar...

Ela caminhou por algumas horas na areia. Garoava insistentemente, mas não estava frio. O mar estava inconstante. Oscilava entre agitação e uma quase calma. Parecia orquestrado pelos pensamentos dela. Eles vinham causando certo tumulto, tateavam pedaços de sentimentos, histórias difusas, esperanças meio fora do contexto, que na medida em que se acalmavam, voltavam para o mar.

Ela estava longe de sentimentos irracionais. Consciente. Era isso. Ela estava consciente. E a consciência, tira os holofotes dos sentimentos mais irracionais, colocando uma calma equilibrada no lugar deles.

Ela caminhou completamente sozinha por algumas horas, tentando compreender que parte lhe falta que nunca esteve ali. É curioso o fato das pessoas sentirem saudade de coisas que nunca viveram. Porque é uma saudade com a qual ninguém sabe lidar. As pessoas sabem administrar perdas, ausências, ganhos, conquistas. Mas definitivamente não estão prontas para entender a falta que sentem do dia de amanhã e das surpresas que ele reserva.

Na caminhada, ela não conseguia distinguir o som das ondas da melodia de seus pensamentos. Ela repetiu mentalmente por vezes seguidas uma frase, quase um mantra, que dizia; "eu não estou ignorando, eu estou dimensionando". E dimensionar é como ranquear. Cada pessoa, plano, sentimento e sonho tem seu devido lugar reservado coração. É preciso dimensionar para não se confundir, para não se desgastar.

Ela caminhou sem se importar com o ponto de chegada. Apenas se concentrou no caminho. Em seus passos. No mar de pensamentos trazidos pelas ondas.

Por fim, sentou-se ali. Olhos presos no horizonte. Sentimentos soltos ao vento. Vagas promessas, grandes desejos, planos reais, pequenas epifanias...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A crise entre o bom e o senso os levou a loucura: agora eles acreditam que são a água e o óleo.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

tá...caiu uma quantidade considerável de vinho no teclado do lap...considerando que ele não bebe, é claro. #ferrou?
Só um minuto. Vou abrir a porta que a insônia ta chegando. Pq eu não tenho insônia as 3 da tarde? #infernodosinferno