segunda-feira, 30 de março de 2009

Eu não estou a venda

Acho que qualquer homem que se vende, vale um preço bem menor do que o que foi pago por ele. Admiro princípios. Meu pai, que tanto errou e que continua errando, soube me ensinar bem o valor deles. O erro faz parte da vida. O que difere um "errador ético" de um "dissimulado convicto" é a capacidade que o primeiro tem de botar as cartas na mesa, de abrir mão do blefe, de ser honesto ainda que isso signifique perder.

Eu aceito tudo o que a vida me dá. Desde que ela não me imponha a seguinte condição: para que você tenha o que tanto deseja, terá que abrir mão dos seus valores.

Eu não abro. Não ignoro a ética, não sei viver sem a verdade, não durmo com a hipocrisia.

Não espere que eu diga o que você quer ouvir só para acarinhar a sua vil vaidade. Eu também não vou jogar na sua cara o que você, por medo da realidade, enterrou a 7 palmos. Não sou dona de verdade alguma, a não ser da minha própria. Mas não espere que eu e te ajude a ignorar suas questões. Nunca ignorei as minhas. Por mais que enfrentá-las, algumas vezes me mortifique.

Sou do tipo que acredita que uma luta se vence pela técnica, pela dedicação, pelo talento, por amor. E se aquele que saiu vencedor, usou de outros meios menos nobres, ele não tem o meu respeito. E o prêmio que ele ganhou, não me desperta desejo algum.

Sou dessa gente que acredita que um bom trabalho supera qualquer contato genial. Sou dos diálogos arrebatadores de Almodóvar. Daquele tipo que ganha noites trabalhando duro, para inspirar alguém e que perde o sono buscando incansavelmente, a minha própria inspiração.

Sou dos que acreditam, dos que trabalham, dos que se doam, dos que se apaixonam pela possibilidade de abrir no mundo, uma janela que seja minha, e que só foi aberta pela presença de princípios.

sábado, 28 de março de 2009

"Respondo que ele aprisiona e eu liberto. Que ele adormece as paixões e eu desperto...

No fundo é uma eterna criança que não soube amadurecer. Eu posso, ele não vai poder me esquecer"

terça-feira, 24 de março de 2009

Momento Caio Fernando Abreu. Mais um...

DÉCIMO FRAGMENTO DA DÉCIMA TERCEIRA VOZ

"Bem sei que gostarias. Mas não te colocarão na cruz, querido. Quanta vaidade, quanto palavreado tolo, quanta culpa idiota. Tanta Piedosa Afetação Messiânica. Desde o começo, sempre foi mentira. E todos sabiam. Pelo menos, enfrenta. Como aquela, mentindo naturalidades com tamanha perfeição que até consegue dizer: sou simples. E diz a verdade quando mente. Não me venhas com Densas Complexidades Psicológicas. Artimanhas, embustezinhos corriqueiros. Portas falsas, coração. Tudo isso me nauseia como a décima dose de um licor de anis. Oxum boceja, uma pluma amarela cai de seu leque. A culpa não existe. A mentira não existe. Falas com arcanjos enquanto cagas. Depois lavas as mãos, lês amenidades pelos jornais. Tudo não passa de um emaranhado de vísceras. Levarás para o túmulo tanta delicadeza, tamanha pudicícia. Os vermes engordarão de tanto açúcar-cande. O que não impedirá o fedor deflutuar como uma aura às avessas sobre a tua cova. Depois, talvez, quem sabe, por que não o Túnel de Luz Ofuscante? Não decifras nada, esfinge de plástico. Até quando insistirás nessa valsa grotesca, nos cristais de palha?"
"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu."

Caio Fernando Abreu

Trechos de um texto de Egídio La Pasta Jr no blog Mínimos Óbvios.

"- ...Então eu pensei que já que eu estava me sentindo tão maravilhosa, por que um filme, um jantar, um amor?

- Porque nós precisamos de alguém. De atenção, do olhar de alguém, do carinho, do toque. E por mais deslumbrante que você esteja, se não há vida, se não tem recheio, humanidade, é de plástico, é vazio.

- Sabe que eu acho que você só entrou aqui hoje pra me encontrar? É isso, você só entrou aqui pra me provar que ainda é possível. Que ainda é tempo de desejar. Não o querer pelo querer....

...Mas o querer de planejar. O querer de quem se reconhece. Que se vê porque ousou olhar nos olhos. E viu a fantasia. A magia. O amor e suas farpas."

Egídio, você escreve lindamente! Seu texto melhora o meu! Obrigada.

segunda-feira, 23 de março de 2009

O que você faria se tivesse só uma chance?

quinta-feira, 19 de março de 2009

Plante onde você possa colher.
Nem a semente mais fértil é capaz de germinar numa terra estéril.

Uma noite pra ser lembrada

Ela se despiu das expectativas e foi escolher um vestido. Optou por um cobre, que cobria um pouco e mostrava um pouco. Era perfeito para um jantar que há tempos vinha sendo postergado.

O constrangimento do primeiro encontro não durou mais que dez segundos. O moço do riso fácil, do papo bom e do humor despretensioso fez com que ela se sentisse completamente a vontade. Tão a vontade que o primeiro palavrão da noite saiu da boca dela em quinze segundos. Era a única palavra que serviria para o contexto, que agora, não vem ao caso.

Ele escolheu cuidadosamente o restaurante, tendo a delicadeza de perguntar sobre as preferências gastronômicas da moça. Pediu ao sommelier a indicação de um vinho tinto, sem a menor preocupação em fazer o tipo “sou um profundo conhecedor das boas uvas e das melhores safras”. Na verdade, nenhum dos dois fez a menor questão de mostrar seus profundos conhecimentos sobre qualquer que fosse o assunto. O que fez daquele jantar uma deliciosa despretensão.

Falaram um monte sobre um monte de coisas. Riram muito da vida, dos causos, das alegrias e até das pequenas tristezas passadas. Identificavam aos poucos traços da personalidade do outro. Descobriam preferências, entendiam silêncios e alimentavam a curiosidade mútua.

O tempo passou, a fome passou, passou o desconhecimento. Uma intimidade se estabeleceu ali por puro acaso. Nada acontecia fora daquele encontro que merecesse a mais vaga lembrança. Pessoas chegavam, jantavam, saíam, novas pessoas entravam e nada deles perceberem a movimentação ao redor.

Naquela pequena mesa de madeira e toalha branca, enfeitada com flores e iluminada por velas, uma nova possibilidade nascia. E nascia, tanto pela empatia entre eles, quanto pelo momento de vida de ambos. Os dois buscavam a felicidade real e sabiam das responsabilidades envolvidas naquela possível conquista.

Por vários momentos ela se viu num estado de completo encantamento provocado por aquele homem. Um homem de verdade. Em paz com suas escolhas, certo do que espera da vida, empenhado em resolver as questões que ainda não tinham respostas.

Ele também se deixou encantar pela força da mulher e pela fragilidade da menina. Ele soube identificar sua passionalidade, soube respeitar sua mágoa profunda e recente, soube deixá-la confortável diante daquele encontro, do qual ela fugiu por dias em respeito à própria dor.

Sobre possíveis reencontros nada se sabe. Mas uma certeza os arrebatou: uma linda epifania aconteceu naquela noite.

segunda-feira, 16 de março de 2009

"Eu quero a sorte de um amor tranquilo!"

domingo, 15 de março de 2009

sexta-feira, 13 de março de 2009

A minha vontade de seguir é infinitamente maior e mais forte que a minha vontade de voltar!

G.E.N.I.A.L

"O amor é que nem capim. A gente planta, ele cresce, daí vem uma vaca e acaba com tudo"

quarta-feira, 11 de março de 2009

Enfim meu coração silenciou. O tumulto de outrora deu lugar a calmaria. Estou em paz e feliz. O silêncio é o mantra do desapego. Não sentir necessidade de falar do que passou, é serenamente reconhecer que passou. Aceitar o fim é aceitar o começo de uma vida nova germinando dentro de um coração tranquilo!

Finalmente a minha dor silenciou.

Obrigada!

Lindo texto do Egídio La Pasta Jr., na revista Paradoxo

Eu não sei se deveria te pedir desculpas pela minha reação. Embora confusa, eu fui verdadeiro. Embora confuso, a soma de nós dois e toda a transformação de um e de outro, todo esse tempo e toda essa troca, tudo se mantém forte e acredito, intacto. Talvez não ter correspondido os teus olhos boa parte da noite, queira me dizer do que eu ainda não sei sobre mim. Talvez evitar te olhar de frente não seja te reprovar e signifique apenas que eu não estou preparado para, mais uma vez, sentir o chão estremecer e não saber se corro, se fico, se choro ou se grito. Eu não soube te reagir. E não saber, apenas não saber, é condição humana. Não caberia te pedir que me perdoe. Não posso te pedir perdão por não saber. Porque eu não sei do que virá. Provavelmente com o ventar dos dias e das folhas do calendário, saberei menos.

Eu já disse isso e repito: eu desaprendi. Estou em processo constante de ‘desaprendizagem’. Algumas lições têm o tempo de vida bem curto. Outras duram o tempo e vão durar o tempo que precisarem e eu sentir necessidade. E sem cartilha, o todo, que já não é tão simples, brinca de confundir os sentidos. Então não me desculpe, sinceramente. Apenas compreenda que eu não fui capaz de te compreender. A tua virada de jogo é tão pessoal quanto intransferível e fico feliz que você queira dividir esse momento. Pela necessidade – eu quase usei gravidade - de compartilhar. Pelo comprometimento da rede de segurança que é a nossa relação. Pela confiança e pela atenção mútua que tanto nos guia. Que tanto nos aproximou por tanto tempo. Deixe apenas que esse teu amigo pense um tanto mais e sinta um tanto menos de ciúme e aí sim, a gente senta para conversar e trocar. Nós sempre trocamos tão bem. Especialmente nos silêncios. Preferencialmente quando não nos explicamos. Quando dispensamos as justificativas. Mas hoje, depois de te abraçar em dor e choro – e saiba que eu sinto muito, verdadeiramente – eu também precisei de um abraço urgente. Desarmado, sem saber o que fazer diante dos teus olhos molhados. Não me entenda melhor ou pior do que sou. O Artur da Távola dizia que ‘conhecer é ‘desilusionar’ e hoje eu compreendi o que ele disse, mas não vou nos transformar em capítulo de novela.

O que há de melhor, para ti.

O melhor, sem pudor.

O vinho da melhor safra, sabe como?

Que possamos brindar

E sorrir e também chorar

E também nos socorrermos

E também nos celebrarmos

E não nos compreendermos

Sem perdermos a direção da direção.

Eu não desejo te perder de direção.

Queria te dizer muitas palavras

Mas o excesso, por sina e ironia,

Costuma embriagar e me confundir o trânsito

”no campo do adversário é bom jogar com muita calma,

procurando pela brecha para poder ganhar” *

Quando eu chegar em casa te ligo

E te conto uma das situações mais divertidas

Que eu já presenciei no metrô.

Por não saber, eu te quero presente

E sempre nos meus dias de festa e luto.

Por não saber, eu viro multidão

E sigo todos eles agora

Saindo do metrô.

Um beijo

* Citação de Geraldinos e Arquibaldos de Gonzaguinha

terça-feira, 10 de março de 2009

Retorno de Saturno é o caramelo....

Outro dia encontrei uma amiga que disse o seguinte: o mundo agora resolveu botar a culpa de tudo em duas coisas muito chatas: na crise e em Saturno.

Rapaaaaaaaaaaiz....o que eu mais ouço por aí, inclusive de mim é: isso ou aquilo é por causa do Retorno de Saturno. Sem falar da crise, é claro.

Matou a mãe? Culpa de Saturno. Trepou sem camisinha e engravidou a mulher com placa final 8, numa quinta-feira depois de 497 vodkas? Culpa de Saturno. Perdeu todo o dinheiro da vida na bolsa? Culpa da crise que por sua vez está no Retorno de Saturno.

Na puta boa? Ou Saturno é um grande feladaputa, ou os seres humanos são todos uns palhaços nascidos de chocadeiras.

E na real, acho que a terra é um grande picadeiro.

Impressionante como todos nós na hora da merda temos a brilhante idéia de culpar o alheio. E no caso o alheio = crise + Saturno. To de saco cheio dessa equação esquizofrênica e generalizada que tomou conta do planeta. Inclusive da minha pessoa, que pra ser bem sincera, nunca foi muito sã. Mas isso é um papo longo pra outro post.

Voltando aos astros (e as nossas crises). Minha nossa senhora da ausência coletiva dos sentidos, que porra é essa? Assim fica fácil né. Fez tudo errado? Culpa de Saturno. Aaaaah....vai ver se eu tô na esquina de Jupter com Marte, vai.

Tô dando esporro em mim. Não em vocês. Quero mais é ver gente feliz, amores intensos, risos fáceis e francos.

E acho que o primeiro passo pra isso, começa quando nos dispomos a encarar nossas fraquezas, a reconhecer nossos erros e a culpar menos o alheio pelas nossas falhas.

Vamos lá crianças. "A vida é curta demais pra ser pequena". Saturno quase não pode ser visto a olho nú. E as crises, servem pra fazer pensar, traçar a melhor estratégia e ir a luta em direção ao que faz a gente feliz.

Bora lá?
Todos os pratos que a vida nos serve, do mel ao fel, são para fazer de nós pessoas melhores.

Seguinte...

"Sei tudo que o amor é capaz de me dar
Eu sei já sofri mas não deixo de amar
Se chorei ou se sorri
O importante é que emoções eu vivi"

Uma linda epifania

Esse fundo do poço pode até assustar muita gente. Mas não a mim. Afinal, eu cheguei aqui consciente e pelas minhas próprias pernas. E tomei a decisão também consciente de sair daqui através delas. Daqui podemos ressurgir, a única alternativa viável é subir. Ficar quieta no escuro, se lamentando e se recusando a aceitar a derrota não faz o meu tipo. Até já fez, e acreditem, não sinto o menor orgulho nessa confissão.

Cheguei no fundo, aceitei a perda, chorei por uns dias na mais completa ausência de luz - sozinha e sem água. Passei dolorosos momentos perdida no meio do equívoco. Mas finalmente, encontrei a epifania. Ela sempre esteve dentro do cantinho mais puro do meu coração.

Estou subindo e não pretendo parar. Não vou mais me desequilibrar, cair novamente não é opção. A prioridade é chegar lá em cima. E lá vou eu. Escalando essas paredes, ganhando músculos, fortalecendo braços e pernas, alimentando o espírito com um enorme amor por mim mesma.

Eu não me arrependo nem por um segundo do fato que me conduziu até o poço. Ele valeu cada minuto de estadia no fundo dele. Mas passou. Fui até o fim. E estou no início de um novo começo.

Estou tão ocupada com cada movimento calculado da minha escalada, que não há mais tempo para a tristeza. Enterrei o lamento lá embaixo. Minha bagagem na subida não pode ser tão pesada. Sobem comigo apenas as boas lembranças, a gratidão, os momentos de felicidade compartilhada. A leveza me acompanha.

A vida generosamente me mostrou um novo caminho. Eu aceito e agradeço esta chance. A subida é longa, mas a luz que vejo lá em cima não se apaga em nenhum momento. Ela me guiará incansavelmente até a chegada.

Durante a jornada, aproveito para fazer um profundo exame de consciência. Reavalio minhas prioridades de vida, repenso meus atos e minhas omissões. Tudo isso com o amor e respeito que tanto quero e mereço. Estou cuidando de mim. E vejo aliviada, que minhas feridas encontraram um bálsamo milagroso chamado amor próprio.

A vida me segue....e a recíproca é completamente verdadeira!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Enchi a casa de flores. Coloridas, perfumadas. Enchi a casa de carinho...Que bom que o fiz. Guarde esta doce lembrança.

Um diálogo...uma busca.

- Você me parece triste.
- Devastada é a palavra.
- O que fizeram pra você?
- Melhor perguntar o que eu fiz a mim.
- Diga.
- A desconfiança é pior que o desamor. Ela envenena a gente. Eu deixei esse sentimento tomar proporções absurdas. Eu nutri o medo enquanto deixava a esperança morrer de inanição.
- Quando foi que você tomou consciência disso?
- Quando deixei de me reconhecer. Quando me olhei no espelho e vi alguém que detestei.
- Não seja tão dura com você.
- Só essa dureza poderá me resgatar. Eu quero voltar a confiar em mim. Quero acreditar que sou capaz de fazer alguém feliz. Quero dormir em paz e despertar com alegria. Quero declarar o fim dessa guerra.
- Ninguém começa uma guerra sozinho. Normalmente, ela é fruto de um descontentamento de todas as partes envolvidas num contexto. Partes que não conseguiram chegar num consenso por meios pacíficos.
- Talvez. Mas eu podia ter feito melhor a minha parte. Eu confesso que tentei desesperadamente. Mas fracassei. Fracassei em tudo. Como mulher, como companheira, como amiga, como pessoa.
- Mas e o outro?
- Não estou aqui para falar do outro, muito menos para colocar nele a culpa dos meus atos impensados. Cada um dá o que tem. Ele certamente, deu. Eu só quero me curar. Por mim, pra mim. Voltar a sorrir, sabe?
- Sei. Mas você deu o que tinha?
- Dei mais. Esse foi o começo do grande erro. Ir além do que podemos, é negar nossa verdade. Eu neguei a minha para não perder o outro. Mas esse caminho é errado e cruel. Cruel comigo, que perco a identidade, cruel com ele, que perde a pessoa por quem se apaixonou.
- O que você vai fazer?
- Seguir. Evoluir. Melhorar. Cuidar de mim. Voltar a ser feliz. Não pretendo fechar os olhos para as minhas questões. Pretendo resolvê-las de fato.
- Você tem idéia de como irá fazer isso?
- Aquietando meu coração. Ficando em silêncio. O silêncio é uma prece poderosa. Vou conseguir voltar a ser o que me agrada. Voltarei para a essência da qual eu sempre me orgulhei.
- Ele vai saber disso?
- Não. Eu vou. Não faço isso por ele. Faço por mim. Ele já deixou de se interessar faz tempo. E quer saber? No lugar dele, eu também já teria deixado.
- Lá vem você de novo, se culpando por tudo.
- Me culpo por mim. Pelo meu comportamento infantil. Atitudes alheias não podem influenciar as minhas. Isso é escravidão. Eu tenho que ser eu, independente do que o outra seja. Independente do que ele faça.
- Pra isso, só morrendo e nascendo Buda.
- Pra isso, só aquietando a alma. Eu só preciso de auto-conhecimento e amor próprio. A partir do momento que meu amor por mim for incondicional, o rancor se afastará e a confiança se restabelecerá.
- Eu sinceramente espero que você consiga.
- Eu honestamente me comprometo com isso.
Delícia de dia mais lindo!!!!

Boa semana meus amores!

domingo, 8 de março de 2009

-Não se esqueça de mim...
"-NUNCA ME ESQUECI!"

;-)

sexta-feira, 6 de março de 2009

Vamos superar?

"Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la"

Essa frase, num texto do Eistein, me fez refletir a respeito de muita coisa.

As crises, mais cedo ou mais tarde, sempre acabam nos encontrando pelo caminho. Sejam elas pessoais e intransferívies, familiares, profissionais, econômicas, conjugais ou de qualquer outra natureza.

Eu já passei por muitos momentos de crise. E confesso, orgulhosa, que superei cada um deles. Por força? Talvez. Mas o meu grande motivador nessas superações foi o medo. Medo de me afastar do sentido da vida. Medo de insistir no equívoco. Medo de perder coisas e pessoas que me eram essenciais.

Confesso também, que estou no meio de uma crise nova. Entretanto, antiga. Fruto de questões mal resolvidas que me acompanham de longa data.

Estou morta de medo. Medo de ter perdido o bonde. De ter demorado demais para tomar a decisão de enfrentar meus fantasmas. Medo de não ter mais...

Mas eu escolho enfrentar a escuridão. Afinal, se eu já perdi o alheio, que eu não me perca de mim. Se não posso mais ter uma chance com coisas e pessoas até então presentes na minha vida, que eu me permita ter uma nova chance comigo mesma. Que eu possa me tornar uma pessoa melhor, para estabelecer relacionamentos mais férteis no futuro.

Eu vou lutar pela superação. Vou continuar lutando pelo que me é essencial. Até que volte, ou até que deixe de ser importante.

Eu sinceramente espero que volte. E torço para que o que me é essencial, não escolha perder a importância na minha vida em função da "tragédia de não querer lutar"...
"O Sol se põe em São Paulo" de Bernardo Carvalho. Eu recomendo.

quinta-feira, 5 de março de 2009

"A felicidade só é real quando compartilhada!"

Realmente, o fim é o que menos importa...

É fim? Então acabou. Não há mais nada ali pelo que vale a pena lutar. O fim é a cláusula irrevogável, é o contrato fechado, é a guerra vencida ou perdida. O fim é o dia do enterro e do renascimento. Da pá de cal, da página virada. O fim é o dia oficial do adeus.

O que importa é o começo, o meio, a história. O que vale são os planos, os sonhos, as pequenas epifanias. Eu quero mais é saber do roteiro. O que me importa é a trilha, é perder o fôlego, é o frio na barriga. O que eu busco é a promessa, o brinde, a crença.

É isso que faz com que a gente insista, persista, chame, acredite.

O fim é a confirmação do equívoco, é a porta fechada, é a rua deserta.

Eu quero mais é saber das possibilidades que se manifestam antes e depois dele. Quero viver a procura, a surpresa, o suspense, o encontro.

Desencontros, de qualquer natureza, não me interessam mais.

O fim não me atrai. Já tenho idade suficiente para saber quando ele chega. E maturidade o bastante para dar as costas e continuar minha busca.

Estou buscando o (re)começo. Não vou mais me prender ao passado. Me recuso a não aceitar que acabou. "Não quero chegar lá na frente, olhar para trás e ver que minha vida não foi adiante porque" eu não aceitei o fim.

EU ACEITO, PROCLAMO, COMEMORO E RECLAMO ESSE FIM.

Eu instituo um novo começo! Que seja feliz! Que seja melhor! Que seja o que a gente sonhou!

Nosso fim terminou hoje e nosso começo, começa agora!

Um brinde!

Amém.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Pra você minha flor!

Essa é a história de uma mocinha paradoxal!
Doce como mel, ácida como limão. Alegre como a Colombina, triste como o Arlequim. Intempestiva como cataratas que se recusam a obedecer calmamente os caminhos traçados pelo leito de um rio, equilibrada como uma japonesinha sábia.
Essa mocinha carrega e carregará pra sempre o ônus e o bônus da sua personalidade forte, honesta, inesquecível, imprescindível.
Ela ainda irá gargalhar incansavelmente dentro da sua alegria e paixão pela vida, mas irá se entristecer várias vezes dentro dos seus questionamentos e buscas nem sempre fáceis de chegarem ao fim.
Ela vive de um jeito que só ela! E muitas vezes, desatenta que é consigo, nem percebe o quanto é especial! Especial em tudo. Nas paixões que ela alimenta, no amor que ela tão generosamente entrega aos seus, na garra e dedicação que ela tem pra crescer, aprender, fazer diferença onde quer que ela esteja.
Ela é um diamante bruto. Tão valioso, mas tão valioso, que nunca será completamente lapidado. Diamantes assim não se deixam domar. São autênticos demais para ficaram numa vitrine. O lugar deles é na vida. Jamais serão jóias que servem apenas para enfeitar a vaidade alheia.
Essa mocinha é um presente. Um dos maiores que a vida me deu. Ela enche meus dias de alegria e os esvazia da tristeza. A força dela aperfeiçoa a minha. O caráter dela, melhora o meu.
Sempre tem as palavras certas, ainda que esteja em silêncio.
E ela tem passado pelo seu silêncio como uma verdadeira guerreira. Não poderia ser diferente. Afinal, ela nunca deixou que seu medo paralisasse suas pernas.
Ela nunca estará sozinha! E nunca será uma simples leitora! Sabe por quê?
Porque ela nunca deixará que o silêncio cale a sua voz interior. É de lá que vem sua força. Lá, é onde ela escreve a sua vida.
Estarei aqui pra ela sempre, pra sempre. No silêncio mais ensurdecedor e na balada mais arrebatodora.
Desejo a ela, que a pista esteja sempre cheia, que a música não pare nunca, que haja amigos aos montes e amores verdadeiros.
Desejo que esta busca atual a leve aos melhores lugares. E desejo também que um nova busca comece no minuto seguinte que a atual terminar. Porque de outro jeito, ela não saberia viver.

Amo você minha flor.
Pra sempre.

Com o maior amor do mundo,
Flá.