sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Reza, faz uma prece, espera que logo logo amanhece. Deixa o correr do tempo adoçar a fúria das línguas. Reza. Faz a sua oração. Lembra o que você leva no coração e deixa os cínicos bem longe das suas verdades. Exorcisa as teorias da conspiração. Existe amor ao seu lado. Confia. Deixa o universo confiar. Solta as pedras, elas são muito pesadas para a delicadeza das suas mãos. Aceita o carinho e o afeto mesmo que eles não venham conforme as suas expectativas. Olha nos olhos e da um sorriso. Amacia, alivia, acaricia a dureza dos dias. Faz uma ponte, ou duas, ou uma dezena delas. Derruba uma parede. Não dê as costas. Esteja leve. Esteja inteiro. Esteja presente. Seja doce com a vida e dócil com as pessoas. Acalma a alma e sossega essa aflição.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

As escolhas dentro da minha melhor escolha!

Escolhi ter um filho, não um antídoto contra a possível solidão septuagenária que um dia me encontrará. Escolhi ter um filho para deixa-lo voar todos os voos que façam dele uma pessoa melhor e do mundo um lugar mais aconchegante. Quero contribuir pra que ele seja feliz e espero estar por perto quando as coisas ficarem difíceis, mas o meu maior desejo é que ele não precise da minha presença. Escolhi deixar que ele não dependa de mim. Escolha bem difícil para uma mãe canceriana. Escolhi ter um filho para ensiná-lo que a gentileza acolhe a alma, que caráter não é negociável e que o que é certo, não deixa margem para dúvida alguma. Escolhi ter um filho porque tenho fé na vida. Juntos escolhemos que ele nasceria nesse mundo, nessa época, nesse país, nessa cidade, “nesse tanto a fazer” por um lugar mais feliz. E faremos!
Ro, você chegou na minha vida e colocou os pingos nos “is”da palavra amor! Há 5 anos você me inspira a ser uma pessoa mais justa e generosa. Você sabe quem eu sou, aceita minhas imperfeições e reconhece o grande esforço que faço para fazer a coisa certa, mesmo quando meto os pés pelas mãos e faço tudo errado. Você me acalma, me equilibra e sossega o meu coração sempre que me olha com esses olhos de mar, com esses olhos de amar! Me apaixono louca e perdidamente por você o tempo todo. Tenho a mais absoluta certeza de que você é em definitivo, o grande amor da minha vida! Ô sorte!

Pedacinho de gente com cheiro de talco!

O Theo tem me ensinado a ficar atenta aos enredos, as vírgulas, as pausas, aos silêncios. Antes dele, eu tinha mais palavras, mais frases de impacto, mais provas racionais para tudo. Hoje, sinto que perdi boa parte do meu extenso dicionário que pretenciosamente tentava explicar a vida. Há tempos não abro meu manual de instruções que estipulava as regras, definia as pessoas, controlava o tom, o timbre, a intensidade do que era dito e mostrado. Meu filho trouxe a tona a fé que sempre tive na paixão. Uma fé que por algum tempo pensei que deveria ser amenizada, domada, condicionada a ser mais discreta. Afinal, a fé na paixão fala alto, faz barulho, não se conforma, entra em confronto, abre caminho, muda as regras, destrói zonas de conforto e muitas vezes, incomoda. Reverenciar nossas paixões certamente nos leva a conhecer o sucesso, o fracasso, o ridículo, o invejável, o doído, o bálsamo, o peso, a cura e a leveza. Não dá para viver essa fé sem correr o risco de se decepcionar, de desagradar, de passar pelos mais diversos tipos de julgamento. Mas não conheço outro jeito de viver a vida que não esse. E quando vejo que meu filho reviveu em mim todo o barulho contido no silêncio, todo o movimento presente na pausa, cada recomeço que nasce das vírgulas e não apenas dos pontos finais, passo a entender melhor as razões pelas quais eu nunca pautei a genialidade de um livro pelo que estava escrito em sua última página, muito menos por um único capítulo que possa ter de sobressalto, me entediado. Cada novo dia descortina uma nova chance de escrever um capítulo melhor, exercitando a fé que temos em nossas paixões. E aí meus amigos, vale lembrar que o desenrolar do enredo é cheio de possibilidades. Afinal, a vida tem muito mais vírgulas que pontos finais.

terça-feira, 17 de julho de 2012

sábado, 24 de março de 2012

Um texto sobre o querer.

Querer o carnaval que acontece fora de época, sem avisos prévios nem expectativas.
Querer dividir um brigadeiro de colher, dividindo a colher.
Querer a pista de dança com a melhor música e o melhor par.
Querer simplificar sem ser simplificado.
Querer a loucura do antes e a paz do depois. E claro, a intensidade usual do durante.
Querer a verdade sentida, não a proclamada.
Querer o sol brilhando do lado de dentro, mesmo que a chuva caia la fora.
Querer coragem para montar um quebra-cabeças de 500 mil peças sem pensar em procurar um jogo mais fácil. Sem desistir nem duvidar.
Querer o sapato apertado bem longe dos pés e os pés, bem fora do chão.
Querer aquele entardecer, aquela Ipanema, aquele beijo, aquele abraço.
Querer um salto bem alto, um vestido bem lindo e um olhar bem sacana.
Um desejo muito grande, uma fé muito forte e uma esperança muito inocente.
Querer um brinde especial sem nenhum motivo aparente.
E por fim, querer uma razão pra ficar que bote no chinelo as razões pra ir embora.

"Meu coração acordou histérico. Mas minha voz, muda."

terça-feira, 6 de março de 2012

"Então, não perca seu tempo comigo. Eu não sou um corpo que você achou na noite. Eu não sou uma boca que precisa ser beijada por outra qualquer. Eu não preciso do seu dinheiro. Muito menos do seu carro. Mas, talvez, eu precise dos seus braços fortes. Das suas mãos quentes. Do seu colo pra eu me deitar. Do seu conselho quando meu lado menina não souber o que fazer do meu futuro. Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo. Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo." _Caio Fernando Abreu

sábado, 22 de outubro de 2011

"...existe essa sensação de cidade partida. De salto sem volta. Que eu não sei mais equacionar. Eu não gostaria de tentar mais uma vez. Você me entende, eu acredito. Embora fragmentado... o todo você compreende. Talvez esse seja o anticlímax. Você saber, compreender e atestar que sim. E não me impedir. E não me calar. E não me beijar. E não me prevenir. E não me alertar. E não me provocar. E não me acalmar. E não me iludir. E não me enganar.

E não me amar mais."


[minimosobvios.blogspot.com]

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Usando o Steve Jobs para falar de outras coisas.

Há dias vivemos uma comoção generalizada pela morte do gênio, do visionário, do incrível Senhor Maçã que ajudou a construir a relação de amor entre as pessoas e a tecnologia.

Mas eu não quero falar desse gênio. Eu quero falar de um jeito dele de ver as coisas, que me inspirou a ver as coisas de outro jeito.

A minha admiração por Steve Jobs vem daquilo que ele não criou.

Admiro a coragem dele. Coragem de trabalhar incansavelmente em busca de algo no qual acreditava e de pagar pra ver, não se importando com o fim.

Na minha opinião, Steve Jobs só fez o que fez, porque não deu a mínima para o fim. Ele se ocupou idealizando e realizando, sem se preocupar demais com o tamanho do sucesso ou do possível fracasso dos seus feitos no final da jornada.

Ao apostar no diferente sem medo da ditadura do igual, ele mostrou que o caminho é mais importante que a chegada. Ele apostou em coisas completamente estranhas aos olhos de todo mundo, mas como eram totalmente fascinantes aos seus próprios olhos, seguiu adiante.

Sua história de vida mostrou ao menos pra mim, que o fim é que o que menos importa. Porque o fim nem sempre é justo, nem sempre é o que merecemos e nem sempre vale o tamanho do coração que botamos na busca de um ideal. E não me refiro apenas ao fim da vida dele. Me refiro ao fim de cada projeto que poderia ter dado errado ou ter dado certo. Quem haveria de saber?

O que sabemos de fato é que o desenrolar do enredo é cheio de possibilidades. Todos os dias temos a chance de trabalhar com paixão por algo em que acreditamos. Mas nem sempre podemos brindar o resultado final desses dias. Então que saibamos brindar histórias em construção.

Acho que o Steve Jobs soube brindar seus dias como acho também que ele nunca pautou genialidade de um livro pelo que estava escrito na última página, pois ele provavelmente esteve atento a cada vírgula do livro inteiro.

Por não ter burocratizado intuições e desejos ele soube-se vencedor independente da aprovação da platéia.

Grande mérito! Afinal, a vida tem muito mais vírgulas que pontos finais.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sabe o que me comove? Ver manhãs e noites chegarem todos os dias.

Sabe o que me intriga? Não ter urgência em viver esse curto espaço de tempo.

Sabe o que me emputece? Continuar nessa.

sábado, 3 de setembro de 2011

independente da máscara que uso, da roupa que visto, das reuniões que faço, dos fracassos que amargo e dos sucessos que degusto, sou consciente. eu luto para ser generosa diante do amor e diante da dor.

faz um mês que meu tio desapareceu. faz um mês que minha família entrou para as estatísticas da violência.

nem que eu fosse poderosa eu evitaria isso. nem que eu fosse a mais pobre das criaturas eu evitaria isso.

a vida não é o que vc pode evitar. a vida é o que pode fazer. então, faça coisas boas enquanto puder.

tio, que Deus te permita ter paz.

domingo, 28 de agosto de 2011

"Uma bosta esse filme que entrou no ar ontem". Inveja ou mau humor?
"Uma merda esse conceito que as pessoas acham lindo". Xilique ou dor de cotovelo?
"Uma vergonha essa campanha que dizem que vendeu horrores". Desconhecimento ou vaidade?

O ponto eh que faço parte de uma classe que não celebra a vitoria alheia, que não eh generosa com a criatividade do outro, que não sabe dar parabéns a menos que seja mergulhado em ironia e hipocrisia.

Uma classe de inimigos? Pior que isso. Uma classe de cordiais sorrisos brancos, cujo ego embaça as vistas.

Gostaria que minha profissão tivesse profissionais com o orgulho nobre dos catadores de lixo, com a generosidade real dos voluntários e com o talento incontestável dos artistas. E que cada um soubesse serenemente o que tem de melhor e de pior.

Assim, cada trabalho nosso seria um sucesso, cada trabalho do outro seria uma alegria e cada trabalho da classe, seria uma inspiração.

"Classe" sim. De publicitários que trabalham loucamente, mas infelizmente, pelos motivos errados.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Era um jeito meu de escrever e de sentir que fugiram daqui. Não que eu sinta alguma nostalgia, mas acho que me faz falta aquela intimidade com as palavras. Especialmente com as mais extravagantes. Parei de me defender, portanto, ataco menos. Acho que de alguma forma encontrei um equilíbrio que tem me alimentado nas noites de frio e fome. Eu sei de onde vem essa calmaria que resolveu se instalar por aqui. Sõ não sei em que gaveta foram parar todos aqueles tons de vermelho, que nem em batons, eu ouso trazer de volta. Eu não perdi as cores, mas reconheço que os pantones estão mais suaves e a que poesia segue menos preocupada com as rimas. Parei de acelerar, de conectar, de socializar. Parei de escrever. Hoje, só venho aqui se for para parir palavras como essas que estou parindo agora.

"Pare um minuto e assista. Vai fazer um bem enorme."

Voyage from Marco Aslan on Vimeo.


via semaforosdigitais.tumblr.com [André Pedroso]

sexta-feira, 6 de maio de 2011

"Não consigo mais aceitar relações pela metade. Em outras palavras, raspas e restos não me interessam.” C.F.A"
As vezes a única coisa que me serve, que me basta, que me cabe, é escrever... é justamente nessas horas que as palavras vão embora. Hoje, eu queria escrever sobre sobre o silêncio.







não consegui, silenciei... não escrevi. mas está tudo aqui...

domingo, 27 de fevereiro de 2011

sábado, 26 de fevereiro de 2011






[Amanda Agostini]

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Das coisas que mudam...

o sonho... a insônia.
a sinceridade... a ironia.
o cuidado... a mentira.
o sabor.... o insosso.
o toque... o tapa.
a certeza... o blefe.
o cuidado... o medo.
a sorte...

... a epifania...

os equívocos.

I give up...

domingo, 16 de janeiro de 2011

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

gosto do tempo que a insônia me dá... mas detesto as olheiras...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

...não consigo mais escrever... perdi o tom, a linha, a educação.

... perdi a melodia...

sábado, 13 de novembro de 2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

"Você me provocou severamente sensações. Você me encantou tantas e tantas vezes, numa mesma frase ou num mesmo olhar. Você me sinalizou as curvas. Você soube respeitar cada tempo meu. E me desafiou em cada mentira. E me abraçou em todas as vezes que eu chorei. Você soube me provar que dizer 'sim' ou 'não' não significa sentir 'sim' ou 'não'. Fez boa parte dos meus textos. Me entregou uma safra de palavras. Me provocou as melhores cartas que eu fui capaz de criar. Foi o texto que eu mais escrevi de diversas maneiras, sempre querendo dizer a mesma coisa. Você acalmou a minha ansiedade. Despertou com sabedoria que apesar das palavras, o silêncio do olhar é essencial. Eu sempre adorei compreender o teu olhar e sempre tive um orgulho imenso de todas as vezes que você me ouviu sem usar a gramática. Você me manteve por perto mesmo quando eu não quis. E quando eu te feri, você não me deixou. E feridos, soubemos nos respeitar sem abandonar a idéia de futuro."

minimosobvios.blogspot.com

We all want to be young

We All Want to Be Young (leg) from box1824 on Vimeo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

"Aquela festa. Aquele filme. Aquele cara. Aquele beijo. Aquela música. Aquela camisa. Aquela cor. Aquele pôr-do-sol. Aquela atriz. Aquela peça de teatro. Aquela carta. Aquele livro daquela escritora. Aquela cicatriz. Aquele sorriso. Aquele bar. Aquela galera. Aquele time. Aquele jogo de futebol. Aquela trilha daquele morro. Aquele carro. Aquele jogo. Aquela lua. Aquela praia. Aquele fim de tarde. Aquela experiência. Aqueles dois juntos. Aquela amizade. Aquele brinde. Aquele abraço."

minimosobvios.blogspot.com

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O mais legal é quando a felicidade invade o outro por não caber só na gente!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Why so many people can’t make decisions...

Some people meet, fall in love and get married right away. Others can spend hours in the sock aisle at the department store, weighing the pros and cons of buying a pair of wool argyles instead of cotton striped.


Seeing the world as black and white, in which choices seem clear, or shades of gray can affect people’s path in life, from jobs and relationships to which political candidate they vote for, researchers say. People who often have conflicting feelings about situations—the shades-of-gray thinkers—have more of what psychologists call ambivalence, while those who tend toward unequivocal views have less ambivalence.

High ambivalence may be useful in some situations, and low ambivalence in others, researchers say. And although people don’t fall neatly into one camp or the other, in general, individuals who tend toward ambivalence do so fairly consistently across different areas of their lives.

For decades psychologists largely ignored ambivalence because they didn’t think it was meaningful. The way researchers studied attitudes—by asking participants where they fell on a scale ranging from positive to negative—also made it difficult to tease apart who held conflicting opinions from those who were neutral, according to Mark Zanna, a University of Waterloo professor who studies ambivalence. (Similarly, psychologists long believed it wasn’t necessary to examine men and women separately when studying the way people think.)


Now, researchers have been investigating how ambivalence, or lack of it, affects people’s lives, and how they might be able to make better decisions. Overall, thinking in shades of gray is a sign of maturity, enabling people to see the world as it really is. It’s a “coming to grips with the complexity of the world,” says Jeff Larsen, a psychology professor who studies ambivalence at Texas Tech University in Lubbock.

In a recent study, college students were asked to write an essay coming down on one side or another of a contentious issue, regarding a new labor law affecting young adults, while other groups of students were allowed to write about both sides of the issue. The students forced to choose a side reported feeling more uncomfortable, even physically sweating more, says Frenk van Harreveld , a social psychologist at the University of Amsterdam who studies how people deal with ambivalence.


If there isn’t an easy answer, ambivalent people, more than black-and-white thinkers, are likely to procrastinate and avoid making a choice, for instance about whether to take a new job, says Dr. Harreveld. But if after careful consideration an individual still can’t decide, one’s gut reaction may be the way to go. Dr. van Harreveld says in these situations he flips a coin, and if his immediate reaction when the coin lands on heads is negative, then he knows what he should do.

Researchers can’t say for sure why some people tend towards greater ambivalence. Certain personality traits play a role—people with a strong need to reach a conclusion in a given situation tend to black-and-white thinking, while ambivalent people tend to be more comfortable with uncertainty. Individuals who are raised in environments where their parents are ambivalent or unstable may grow to experience anxiety and ambivalence in future relationships, according to some developmental psychologists.

Culture may also play a role. In western cultures, simultaneously seeing both good and bad “violates our world view, our need to put things in boxes,” says Dr. Larsen. But in eastern philosophies, it may be less problematic because there is a recognition of dualism, that something can be one thing as well as another.

One of the most widely studied aspects of ambivalence is how it affects thinking. Because of their strongly positive or strongly negative views, black-and-white thinkers tend to be quicker at making decisions than highly ambivalent people. But if they get mired in one point of view and can’t see others, black-and-white thinking may prompt conflict with others or unhealthy thoughts or behaviors.

People with clinical depression, for instance, often get mired in a negative view of the world. They may interpret a neutral action like a friend not waving to them as meaning that their friend is mad at them, and have trouble thinking about alternative explanations.

Ambivalent people, on the other hand, tend to systematically evaluate all sides of an argument before coming to a decision. They scrutinize carefully the evidence that is presented to them, making lists of pros and cons, and rejecting overly simplified information.

Ambivalent individuals’ ability to see all sides of an argument and feel mixed emotions appears to have some benefits. They may be better able to empathize with others’ points of view, for one thing. And when people are able to feel mixed emotions, such as hope and sadness, they tend to have healthier coping strategies, such as when a spouse passes away, according to Dr. Larsen. They may also be more creative because the different emotions lead them to consider different ideas that they might otherwise have dismissed.

People waffling over a decision may benefit from paring down the number of details they are weighing and instead selecting one or a few important values to use in basing their decision, says Richard Boyatzis , a professor in organizational behavior, psychology and cognitive science at Case Western Reserve University.

For example, in making a decision about whether to buy a costly piece of new medical equipment, a hospital executive may weigh the expense, expertise needed to operate it and space requirements against its effectiveness. But ultimately, Dr. Boyatzis says, in order to avoid getting mired in a prolonged debate, the executive may decide on a core value—say, how well the equipment works for taking care of patients—that can be used to help make the decision.

In the workplace, employees who are highly ambivalent about their jobs are more erratic in job performance; they may perform particularly well some days and poorly other times, says René Ziegler, a professor of social and organizational psychology at the University of Tübingen in Germany whose study of the subject is scheduled for publication in the Journal of Applied Social Psychology. Positive feedback for a highly ambivalent person, such as a pay raise, will boost their job performance more than for someone who isn’t ambivalent about the job, he says.

Every job has good and bad elements. But people who aren’t ambivalent about their job perform well if they like their work and poorly if they don’t. Dr. Ziegler suggests that black-and-white thinkers tend to focus on key aspects of their job, such as how much they are getting paid or how much they like their boss, and not the total picture in determining whether they are happy at work.

Black-and-white thinkers similarly may recognize that there are positive and negative aspects to a significant relationship. But they generally choose to focus only on some qualities that are particularly important to them.

By contrast, people who are truly ambivalent in a relationship can’t put the negative out of their mind. They may worry about being hurt or abandoned even in moments when their partner is doing something nice, says Mario Mikulincer, dean of the New School of Psychology at the Interdisciplinary Center Herzliya in Israel.

Such shades-of-gray people tend to have trouble in relationships. They stay in relationships longer, even abusive ones, and experience more fighting. They are also more likely to get divorced, says Dr. Mikulincer.

Recognizing that a partner has strengths and weaknesses is normal, says Dr. Mikulincer. “A certain degree of ambivalence is a sign of maturity,” he says.

Write to Shirley S. Wang at shirley.wang@wsj.com

from wall street journal

via http://vejabemmobem.tumblr.com/

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

o silêncio que não constrange e gargalha

‘lembra de quando eu dizia que saberia ter achado o amor da minha vida quando fosse confortável estar em longos silêncios em sua presença, sem a ânsia por achar um novo assunto, para que o ‘silêncio constrangedor’ não agoniasse nenhum nem outro? Isso é mesmo confortador.

Hoje, me divirto com o fato de que nós dois somos mais que suficientes para se divertir e rir e rolar de rir e gargalhar sem motivos aparentes para o mundo, mas cheio de razões para nós mesmos, por nós mesmos.’ - eu

POSTED BY markmark7

(via amanda agostini)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

domingo, 12 de setembro de 2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Comportada

"Eu nunca fui uma moça bem-comportada.
Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida,pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços.
Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo.Não estou aqui pra que gostem de mim.Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho.E pra seduzir somente o que me acrescenta.
Adoro a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra.
A palavra é meu inferno e minha paz.
Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que me deixa exausta.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.
Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas.
Por isso, não me venha com meios-termos,com mais ou menos ou qualquer coisa.Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar...
Eu acredito é em suspiros,mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis,em alegrias explosivas, em olhares faiscantes,em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente.
Acredito em coisas sinceramente compartilhadas.
Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma,no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo.
Eu acredito em profundidades.
E tenho medo de altura, mas não evito meu
s abismos.
São eles que me dão a dimensão do que sou".

Maria de Queiroz

[julietaenvenenada.blogspot.com]

domingo, 22 de agosto de 2010

domingo, 15 de agosto de 2010

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ah o cigarro...

Será que é por culpa dele que a pressão sobre, desce, oscila, se emputece? Será que meu cigarro tá consumindo a minha esperança, ocupando as minhas horas, me deixando cansada demais pra mudar o percurso casa-trabalho//trabalho-rotina?

Todo dia ouço um monte de "veja bem", de "não é bem assim", de pseudo-elogios que soam como bofetadas na meio cara. Essa tonelada de mediocridade me emburrece. E além de burra, parece que tô ficando hipertensa.

Será que a culpa é do vinho com amigos? Do sexo na madrugada? (não com amigos, obviamente) // Do cigarro depois do sexo? Dessa vida insana, insone, real e visceral que ainda consigo levar nos poucos momentos em que posso ser a Fla na pessoa física?

Abre parênteses - a minha pessoa física fica imensamente feliz quando manda a minha pessoa jurídica a merda - fecha parênteses.

Parei de fumar... por 4 horas.

Então voltei...

Senti medo de não poder mais culpar o meu vício e ter que resolver os problemas que nem macho...

Mulherzinha mode on... até quando?

sábado, 24 de julho de 2010

Sem Fantasia

"Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender

Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar

Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar

Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus

E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus"


Chico.

sábado, 17 de julho de 2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Do blog do Fabrício Teixeira... postei pq achei comovente...

Um e outro

"Eu lembro das primeiras palavras, de quando a gente não tinha olho pro outro, só o ouvido, que gostava das mesmas notas. Eu lembro de quando a gente aprendeu a escrever pro outro, copiando letras de formas desconhecidas. A gente era tímido da vida. O outro entendia o um, o pouco que a gente tinha, escondia mostrando. A gente foi crescendo querendo ser bom, e fomos bons? A gente podia ser tanta coisa que tinha medo de escolher. E se do outro lado fosse melhor? Eu lembro de quando a gente se afastou, o outro não brigou, era silêncio só. A gente sempre entendeu silêncio, era uma língua que a gente traduzia pra dentro. E esperava. A nossa pressa era com a gente, do outro se tinha certeza. Eu fui embora e te escrevia. Os anos, os dias, as formigas. O outro perguntava como era pensar em outra língua, numa ilha à deriva. Como era? Eu era outra. A volta era sempre diferente, a gente não falava muito. Ouvia música, falava poesia, e era noite. Eu lembro que esquecia. Mas o outro lembrava. Como se missão fosse, dever de casa. Tinha um jeito de relembrar sorrisos e costurar palavras, uns nós nos outros. Como se fosse durar pra sempre, o vento. Um jeito de me soprar na direção correta.


Amovocê. Apesar de tudo, e por isso mesmo."

quinta-feira, 1 de julho de 2010

...é no limite que eu me oriento...

Ando meio sem tempo para disputas de qualquer natureza. Especialmente para aquelas que tentam medir afeto e respeito.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Alguém esbarrou em mim e me derrubou as certezas! :-)

Além das sombras!

Viver à sombra de uma frondosa arvore foi a maneira que encontrei de me manter à salvo da luz do dia. Minha casa é minha zona de conforto, é o lugar onde posso ser quem sou e brincar de ser quem não sou, de vez em quando, sorrindo pro espelho. E ninguém precisa saber o que faço quando estou apenas comigo, quando danço de calcinha pelo corredor ou quando deito com o rosto colado no chão do banheiro. Escolhi viver à sombra por não poder prever o que a minha própria luz poderia atrair para mim. A gente vai envelhecendo junto com os galhos das árvores que nos sustentam e ficamos cada vez mais sós. Temos medo de estender a mão, de levantar, de seguir em frente. E só nos resta viver à sombra dos nossos sonhos, de nossos mundos imaginários, de nossas zonas de conforto. E acordamos, todos os dias, entediados com a perspectiva de mais vinte e quatro horas previsíveis cheias de contas a pagar, horários a cumprir e faixas de pedestre para atravessar. E andamos pelas ruas, acompanhados de nossas próprias sombras, sem sequer olhar pros lados, como robôs de algum filme futurista e não ousamos sair do script que nós mesmos escolhemos encenar. Porém, tudo o que desejamos é que alguém, em algum momento, esbarre em nós, derrube as certezas que carregamos e nos ajude a recolher o que ficou caído no chão. Sonhamos que alguém, algum dia, irá realmente reparar em quem somos para além de nossas zonas de conforto, que unicamente se importará conosco, por saber que para além das sombras que exibimos, existem as luzes que insistimos em esconder.
.
Maíra Viana
“O que eu peço é que você seja sempre de verdade também. Que me queira assim, imperfeita e cheia de confusões. Que saiba os momentos em que eu preciso de uma mão passando entre os fios de cabelo. Que perceba que às vezes tudo o que eu preciso é do silêncio e do barulho da nossa respiração. Que veja que eu me esforço de um jeito nem sempre certo. …

O que eu peço é que você me veja de verdade. …

E entenda que de vez em quando faço questão de não saber nada. Que você note que eu faço o melhor de mim, mas que as vezes, desconheço o que eu realmente posso ser. Peço que você tenha paciência grátis e um colo que não faça feriadão…”

Para a minha amiga @marcelaferri, a @FlaCampos (no caso, eu) = Mutley

Sinceridade é tudo né, gente! :-)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Que amooor!

Volo - Le Dimanche from Cube Creative on Vimeo.

LE SCAPHANDRE ET LE PAPILLON

- my diving bell has dragged you down to the bottom of the sea with me..

- jean-do, i don’t find it so bad that you drag me down to the bottom of the sea... because you are also my butterfly.

[com essa baita declaração, jean-do termina o livro e explica o filme.]

(Via Amanda Agostini)

Amo esse filme. Chorei baldes. Só pra contar.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Tá?

... aí quis twittar, mas percebi que meu texto não é o bom o suficiente para se fazer entender em 140 caracteres...

...Não sou boa num monte de coisas. Sou desafinada nos sentimentos. Meu texto é inflamado, convicto demais. Minhas palavras são dramáticas, nada poéticas, zero políticas. Nem Nelson Rodrigues, nem Dostoyevsky. Sou um "meio do caminho" pintado por Frida. Um meio do caminho a espera do fim do roteiro. Um caminho inteiro que não percorri, a espera de...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

sábado, 29 de maio de 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

domingo, 23 de maio de 2010

quarta-feira, 19 de maio de 2010

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Feliz aniversário para o meu pai, meu grande amor, que cantava essa música pra mim e me fazia morrer de rir...


sexta-feira, 23 de abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

segunda-feira, 12 de abril de 2010

"Diga-me e eu esquecerei, mostre-me e talvez eu lembre, envolva-me e eu entenderei." Benjamin Franklin // Tropicana (Pepsico) traduziu lindamente essa frase numa ação simples e comovente. Levou o sol ao Canadá.

"É no meu silêncio que escapam de mim todos os meus gritos."

Clarice Lispector

Belo texto!

LUIZ FELIPE PONDÉ
Folha de São Paulo - 12/04/2010

"Mrs. Dalloway"
Ver a si mesma como estrangeira na própria alma é o pesadelo da personagem de Woolf

MORAVA EU num kibutz em Israel. No final do dia de trabalho físico extenuante, lia na porta do meu quarto, ensaiando meus primeiros cachimbos. Durante alguns meses devorei livros da escritora inglesa Virginia Woolf (1882-1941). Entre eles, um que me marcou excepcionalmente foi "Mrs. Dalloway", publicado em 1925.
Revi o maravilhoso "As Horas" (2002), com Nicole Kidman. E sempre quando vejo esse filme me lembro de como ela foi essencial, ainda que de modo pontual, em minha visão de mundo. No fundo, sempre suspeitei de que cada dia é mais um dia sob o risco de ser devorado pelo sentimento último da melancolia.
Às vezes na vida se faz necessário rompimentos com o cotidiano para que possamos ver melhor o sentido do que fazemos, ou a total falta de sentido. A vida se degrada facilmente na rotina de tentar mantê-la funcionando, por isso a derrota, como no livro "Mito de Sísifo" (1942), de Albert Camus, pode ser a condição necessária para a consciência repousar em paz consigo mesma. Vencer sempre pode ser um inferno.
Na época, atravessando minha primeira (de várias) crises com minha formação médica então em curso, busquei fugir para alguma fronteira do mundo. Trabalhei no deserto do Neguev algumas vezes e posso dizer que o pôr do sol no deserto vazio é uma experiência de dar inveja. A possibilidade de caminhar pelo deserto, como me disse certa feita o escritor israelense Amós Oz, refaz a alma porque vemos nosso rosto refletido na poeira. O deserto nos ensina a humildade, e a humildade é sempre imbatível. Humildade nada tem a ver com humilhação, mas, ao contrário, humildade fala da consciência de que somos efêmeros como o vento. E só como efêmeros que podemos perceber a dádiva que é respirar. Há um modo misterioso em como o deserto chama seu nome quando você está disposto a ouvi-lo.
Na época, já sabia que Virginia Woolf havia se suicidado e, por isso mesmo, quis conhecer sua obra. Nunca fui um deprimido clínico, mas sempre me surpreendi pelo fato de não sê-lo. Muitas vezes pareceu-me que, se fosse viver pelo que a razão me diz, já teria sucumbido à melancolia profunda. O que me encantou em Mrs.
Dalloway foi seu esforço em ser normal e feliz e acreditar em si mesma e na sua fidelidade à rotina. No dia em que se passa a história, ela organiza uma festa em sua casa. Manter a vida aí se equipara ao esforço descomunal de erguer uma festa quando, no fundo, ela se sente vazia e sem razões para festejar. Entre uma alma triste e uma rotina vazia, ela opta pela segunda como falta de escolha porque não pode confiar na tristeza.
Penso no número enorme de pessoas que se levantam pela manhã assim como quem carrega um corpo que não é seu. Mrs. Dalloway é o fim de quem ingenuamente acredita que as coisas sempre darão certo, bastando festejar a rotina comum. Não, a rotina é indiferente à nossa fidelidade, podendo nos destruir mesmo quando a servimos como a um senhor todo poderoso. O pesadelo de Mrs. Dalloway é se ver como estrangeira em sua própria alma.
Aprendemos com ela que a vida não é necessariamente bela e que tentar negar isso é uma forma de permanecer escravo de sua possível monstruosidade.
No fundo de nossa alma habitam monstros que a muito custo se mantêm em silêncio. Esses monstros, quando o mundo silencia, surgem na superfície mostrando o ridículo de nossa batalha diária.
Quantas vezes mulheres apenas suportam o choro de seus filhos, sofrendo no fundo da alma o horror que é ser obrigada a amá-los quando não sentem por eles nada parecido com amor materno, mas apenas o incômodo causado por aqueles pequenos intrusos em suas vidas.
Quantos homens sufocam diante da certeza de que já vivem uma vida sem amor, sem afeto e sem desejo, mas que isso é tudo que suportam ao lado de suas esposas. Quantos filhos sofrem por se sentir indiferentes para com o destino dos pais idosos, tentando convencer a si mesmos de que o amor pelos pais seria o certo, mas que nada conseguem além de desejar vê-los mortos e assim se sentirem livres finalmente.
Entre as funções da civilização, uma é a tentativa de calar esses monstros criando ritos, rituais, festas para celebrar a frágil vitória contra essas criaturas deformadas, atormentadas pelo completo desinteresse pela vida. A verdade é que não há como civilizá-las, a não ser ensiná-las que elas não têm lugar no mundo dos vivos e que, por isso, devem sucumbir à rotina da infelicidade como norma da vida.

domingo, 11 de abril de 2010

Agradeço por conseguir me colocar no lugar do outro. Ainda quê... apesar de... agradeço. Obrigada.

Uma vontade que tenho de que tudo dê certo, que todos se entendam e que ainda que não se identifiquem, se respeitem...

Aí eu começo a fumar um cigarro atrás do outro, e olhando para a fumaça, procuro respostas certas para perguntas equivocadas. E desde os meus pés até o que me escapa, o que sobra são essas obviedades de mapas complexos e labirintos sem ponto de chegada. Fico em silêncio mas os pensamentos fazem barulho demais. E na bagunça dos meus armários não encontro o que preciso para me manter aquecida. Pra ser mais exata, não encontro nada que ainda me sirva.

Achei bonito...

"Sem engano

De que me adianta saber de você? Desculpe, mas acho que não quero mais. Eu queria, mas não sei se posso. Porque você vem e vai de maneira muito imprecisa. E às vezes é muito bom. Ilumina meu dia, me faz rir, me faz crer que é certo. Mas em seguida é como se eu perdesse tudo e o jogo acaba antes que eu queira parar. Aí não sei mais de você. Não sei se você foi para a praia. Não sei se você viu a lua cheia na madrugada de ontem. Não sei se seu carro alagou com a enchente. Se você teve dor de dente. Se você se distraiu. Se você viu um filme. Se sentiu frio. Não sei mais se sua barba cresceu. Se você parou de roer as unhas. Se você parou de sonhar com os ursos de óculos. Se emagreceu, se engordou. Se beijou aquela menina. Se teve vontade de beijar. Se pensou em mim. Se teve tempo. Se não teve tempo de pensar em nada... É muita dúvida pra mim. Preciso de atenção. Preciso que você me queira bem. E que me diga isso. Preciso que você pare um minuto do seu dia apenas para me dizer oi. Preciso saber que ocupo, mesmo que apenas um pouco, dos seus pensamentos. E se isso faz alguma diferença em seus sentimentos. Precisava saber. E se não sei agora, acho que jamais saberei. Então, de que me adianta?"


Mona Souza

Felizmente minha súbita descrença, não é páreo para a minha esperança insistente.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Muito me identifico... e no presente mais que perfeito!

"Enquanto dormes

Ele lhe cobria o corpo antes de sair. Ela descobria os pés. Não suportava dormir com os pés cobertos. Era uma coisa de adulta. Quando criança tinha frio e usava as meias da mãe, que lhes pareciam mais quentes. Mas agora não, agora tinha calor. Mas ele não podia evitar, cobria-a mesmo assim. Empurrava com dedicação a ponta do lençol para debaixo dos seus pés pequenos e sinuosos. Ela gostava desse cuidado. Não se dava conta, mas sempre dormia melhor assim - mesmo descobrindo os pés."


Mona Souza

Que nossa curiosidade nunca se acabe... e que a inocência seja preservada!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Mania estúpida que temos de acreditar no que não vemos e duvidar daquilo, que sem o menor pudor, se descortina diante dos nossos olhos. Digo "temos", porque tem certos dias que me falta coragem para assumir um equívoco no singular...

terça-feira, 30 de março de 2010

sexta-feira, 26 de março de 2010

Fragments of a letter

(...)

And you know why? Because I've noticed how you pay attention to the things I say... you pay attention to me. You see me. And I want to do the same with you.

And you are challenging... you don't let anyone in that easy... probably because you've been hurt before and don't want to go there again... so you have this shield and to get in I have to be careful... step by step... I have to be invited... and I know that once you let me in, we'll find amazing things about one another and it will be worth it.

That's what I feel about us.
That's the hope I have in my heart.
That's what I dream and think about.
That's what keeps me in this path that leads me to you.

(...)

domingo, 21 de março de 2010

Amor...

"... Fora ele criado para habitar um instante que fosse nas vizinhanças do teu coração?"

I. Turguêniev
"Você lamentará que a beleza de um instante tenha se esgotado tão rápida e facilmente... que ela tenha brilhado de forma tão ilusória e inútil na sua frente."

Noites Brancas.

sábado, 20 de março de 2010

Tenho vivido no meio de várias epifanias....

Presença de amigos sinceros, incríveis e palhaços. Taças de vinho, fumaça de cigarro, confidências, colo. Aconchego nas madrugadas. Aconchego fora delas. Trabalho árduo, honesto, reconhecido. Abraços deliciosos de crianças maravilhosas. Telefonemas lá de longe em que meus pais dizem, que tirando a saudade, está tudo indo muito bem. Sono tranquilo. Riso fácil. Olhos atentos. Serenidade para ponderar as responsabilidades que a felicidade propõe. Maturidade para saber que as feridas cicatrizam. Leveza para escrever textos completamente clichês e ainda assim, absolutamente autênticos.

quinta-feira, 18 de março de 2010

"...acho também que é cedo demais para que a gente tente desvendar toda interrogação. São muitas. Vamos ver como o tempo vai resolver as coisas, te adiantando que eu te amo. E que nesse momento eu espero que por muito tempo, eu preserve esse desejo de continuar sua. Como você me mostrou que eu poderia ser. De um jeito que eu jamais imaginei que pudesse ser porque ninguém antes havia me mostrado tanta generosidade. Porque ninguém nunca me pediu antes esperando um "sim" em retorno."

Mínimos Óbvios

quarta-feira, 17 de março de 2010



"Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e fel
iz"

"Substituirei o destino pela probabilidade."

Clarice Lispector

segunda-feira, 15 de março de 2010

domingo, 14 de março de 2010

Prefiro ser guardada no coração, mais do que em fotos.

"Sol fazia, só não fazia sentido"

Uma perfeita falta de simetria que não cabia dentro das noites. As palavras silenciosas que evitavam o diálogo, se repetiam e se calavam deixando uns ecos nos dias desertos. Perguntas sem respostas. Era um descompasso de horas, agendas, delicadezas. Ficou o dito pelo não dito. O querer pelo desamor. Ficou a urgência de ir embora. Só futuro é que não ficou.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Você

"De um azul clarinho ralo, quase da cor do céu às 10 da manhã, seus olhos passaram por mim, parando nos meus por exatos 15 segundos. O tempo de uma vida inteira."

Mona Souza

quinta-feira, 11 de março de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

- O que é que houve meu amor, você cortou os seus cabelos.
- Foi a tesoura do desejo. Desejo mesmo de mudar.

Alceu Valença

terça-feira, 2 de março de 2010

"Don't tell me 'bout your lies. Don't tell me 'bout your secrets"

É isso.

- Me dê um cigarro.
- Você não fuma.
- Preciso ter algo nas mãos.
- Você já tem.
- Eu?
- Eu.

(Eu li algo assim em algum lugar do qual não me lembro. Só me recordo do que provocou em mim".

Algumas pessoas são deliciosamente, a continuação de um abraço.

segunda-feira, 1 de março de 2010

"Eu te amo não diz tudo"

A verdade diz...
A cumplicidade também...
O respeito...
Os fatos...
Um olhar franco...
Um sorriso aberto...
Uma explicação clara...

"Eu te amo não diz tudo"

Ter um abraço pra onde voltar diz mais...
Ter um ombro pra chorar também...
Ter alguém que acredita em você, quando você mesmo duvida, fala muito mais que qualquer "eu te amo pra sempre".

"Eu te amo não diz tudo"

Aliás, não diz quase nada.
Em questão de segundos fica banal, meio cafajeste, meio imoral.

"Eu te amo não diz tudo".
"Não consigo molhar os pés apenas | eu mergulho e só paro quando me afogo | eu me queimo e só paro quando derreto | eu me jogo e só paro quando me param."


Martha Medeiros

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Eu não consigo parar de ler e de querer compartilhar... é que fiquei muito tempo longe das lindas e tão bem articuladas palavras de Martha Medeiros.

"VOCÊ É...

Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.

Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.

Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.

Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.

Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.

Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê."

Nos sentimos amados quando chove lá fora e faz sol aqui dentro. Exatamente como agora!

"SENTIR-SE AMADO

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.

Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.

Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?

Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".

Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo."


Martha Medeiros

Que essa saudade não nos encontre, coração!

"A DOR QUE DÓI MAIS

... a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer."




Martha Medeiros

Agora? Não é só amor, é sem medo. Não é só amor, é melhor!

"…Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando á pé pra casa, avariada.
Eu sei, não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Talvez este seja o ponto. Talvez eu não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu pátio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória, sem seqüelas, sem registro de ocorrência? Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. NÃO ERA AMOR, ERA MELHOR”




Martha Medeiros por Lília Cabral em Divã

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Super aposto....

No fim das contas....

"Outra noite tive o pior pesadelo do universo. Só não foi pior porque você aparecia e me salvava. Era um lance meio super-heróico mesmo. Depois você me deixava em casa (voando talvez) e eu te agradecia banalmente. Sabe essa educação que nos é peculiar? Obrigado, por favor, com licença. E você ia embora. Depois eu acordei, de fato e vi o relógio, 3 da manhã. Não ia te ligar essa hora, quem costuma fazer isso é você e não vou roubar teu hábito. Mas é isso mesmo. A gente vive se salvando. No fim das contas, é tudo uma questão de ser salvo pelo outro e estar pronto para salvar."

Egídio La Pasta Jr.