...não foi o sonho que eu vi. Também não vi a ilusão da perfeição leviana que cega e entorpece. Não vi o príncipe, não vi certeza, não vi a cura definitiva para a solidão que por vezes me captura...
...estava tudo lá...mas pra nada disso eu olhei...
Não vi o futuro, não pensei no passado, não fiz planos, não criei expectativas egoístas que só beneficiam seu próprio criador...
Não esperei. Não roteirizei. Não ouvi tocar os sinos. Nada disso aconteceu.
Mas algo muito maior que o clichê das borboletas me arrebatou. Um gosto doce, um cheiro bom, uma cor dos olhos da alma da pele dos pêlos da vida do percurso dos percalços... não sei que palavras usar...não as tenho...ninguém tem...nunca foram ditas...eu nunca as disse antes e nem ouvi dizer e nem li e nem sonhei...eu também não planejei...
Quando eu olhei pra você, eu mal consegui respirar...meus sentidos se ausentaram por segundos que não sei contar...
Quando eu enxerguei você...eu não conseguia te olhar...e contianuava te olhando...sem poder enxergar...
E mesmo sem te ver, eu conseguia te sentir...mas nunca te decifrar...
E nada de ruim me aconteceu depois de você...aliás, nada de nada me aconteceu depois de você... nada que eu tenha notado, computado, me importado...
Só você, entre os mil acontecimentos cotidianos, me aconteceu depois de você....
Isso importa...tudo isso me importa...você me importa...
...
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