sábado, 29 de novembro de 2008

Esse texto é fruto de um wokshop feito há mais de 4 anos...tão atual que dá medo...

Um despertar promovido pelo encontro das almas de sete mulheres verdadeiramente especiais. Assim defino estas horas com vocês, consciente de toda a limitação que as palavras impõem neste momento.

Tal despertar foi uma benção que se deu através de movimentos sutis e cuidadosos, entretanto fortes e modificadores, de dentro pra fora e de fora pra dentro.

A cada nova história um novo jeito de olhar, de perceber, de vislumbrar o que é de meu que habita em cada uma e o que de cada uma é latente em mim. Ou ainda, o que é das outras que mesmo tão distante de mim me comoveu a ponto de se instalar nos meus pensamentos e no meu coração.

Muito de vocês passou a ser meu. Que muito é esse? Ah minhas amigas, passou a ser meu o jeito forte, imprevisível e arrebatador com que a Magdalena é capaz de se apropriar do que lhe é de direito, com tamanha doçura no olhar.

Passou a ser meu o cuidado com que a Ti trata tudo aquilo que lhe é caro, a transparência do seu coração que se encontra diretamente com o olhar do próximo e a sua entrega incondicional à vida.

Me apropriei do riso fácil da Lia, que a torna capaz de falar sobre seus afetos e desafetos como alguém inteiramente comprometida consigo mesma antes de mais nada, ou melhor, antes de mais tudo.

Daqui por diante é minha também a força da Regina, muitas vezes negada por ela, mas que se mostra saída da alma, invasora das pernas e braços e vida e olhar, embora esta mesma força resista em se esconder de suas palavras, tamanha a sua delicadeza.

É meu também de forma incondicional, o choro da Irene, que de tão espontâneo chega a ser infantil, ou melhor, é minha a sua espontaneidade, a sua delicadeza, o seu coração tão repleto de dores, no entanto com tanta capacidade de troca, de entrega, de respeito.

Da Lú, ainda quero pegar muitas coisas, todas as que me forem permitidas e essencialmente o seu comprometimento com suas causas, suas bandeiras e com as coisas nas quais acredita.

Pra terminar, ou melhor, pra começar, espero verdadeiramente que algo de mim tenha ficado em vocês, algo de bom, pra que possamos daqui pra frente libertar fantasmas que merecem alforria e saber conviver com aqueles que ainda fazem parte de nós.
Sejamos felizes....da maneira que nós escolhermos...

Não quero deixar a vida escolher nada por mim, quero fazer as minhas escolhas de forma consciente, entretanto apaixonada, com os olhos iluminados...uma delas, e talvez a mais importante foi feita nesse workshop.

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