domingo, 24 de janeiro de 2010
Das feridas que colecionamos
Elas não são nada justas. A cada novo passo - profissional, pessoal, familiar - elas se julgam no direito de nos lembrar que estão ali desde sempre e que não têm a menor intenção de ir embora. Depois de muita terapia, guardei minhas feridas numa caixa de papelão mofada com data de validade "quase vencida". Tenho muito respeito pelas estórias vividas. As minhas e as dos demais. Compreendo que cada uma delas serviu pra nos fortalecer, pra nos fazer sorrir, pra nos fazer chorar, pra nos fazer seguir. Mas sou a favor de continuar viva ainda que uma parte da minha vida tenha morrido. Vivo integralmente meu luto. Depois volto a amar, a planejar, a ser feliz. E sem a menor hipocrisia, desejo que aqueles que construíram comigo uma história que se acabou, percorram o mesmo caminho. Caminho que chamo de "felicidade". Felicidade sem rancor, sem mágoas, sem aquele desejo mesquinho de que o outro não seja feliz. As vezes acontece. As vezes sinto raiva. As vezes sou pequena. Mas volto a ser inteira porque sou generosa. Comigo, com a vida, com o outro, com passado, com o presente e com o futuro.
Life is too short. Não temos tempo a perder.
Life is too short. Não temos tempo a perder.
“As we grow up, we learn that even the one person that wasn’t supposed to ever let us down, probably will. You’ll have your heart broken and you’ll break others’ hearts. You’ll fight with your best friend or maybe even fall in love with them, and you’ll cry because time is flying by. So take too many pictures, laugh too much, forgive freely, and love like you’ve never been hurt. Life comes with no guarantees, no time outs, no second chances. you just have to live life to the fullest, tell someone what they mean to you and tell someone off, speak out, dance in the pouring rain, hold someone’s hand, comfort a friend, fall asleep watching the sun come up, stay up late, be a flirt, and smile until your face hurts. Don’t be afraid to take chances or fall in love and most of all, live in the moment because every second you spend angry or upset is a second of happiness you can never get back.”
(http://fabricioteixeira.blogspot.com/)
(http://fabricioteixeira.blogspot.com/)
Tava escondido na varanda porque eu te amo
[Do começo de uma história qualquer, por causa de uma frase de um filme]
Tava escondido na varanda porque eu te amo. Eu não suportaria te encarar de frente, eu não saberia onde posicionar os braços enquanto falasse com você, eu não suportaria a grandiosidade da sua presença acentuando a mediocridade da minha. Tava escondido na varanda porque te guardo em segredo. Porque ali eu teria o pretexto da paisagem, de ter ouvido um barulho estranho na rua ou simplesmente de ter saído para tomar um ar ou ver o pôr do sol. Eu não precisaria esgueirar o que sinto. Tava escondido na varanda porque varanda é refúgio. A sala havia sido tomada por essa sua beleza e eu me sentiria um criminoso em te olhar nos olhos. Na varanda eu não sou ninguém e eu não te ocupo. Melhor assim, o não-dito. Enfim, somos frutos do que não é dito.
Fabrício Teixeira.
Tava escondido na varanda porque eu te amo. Eu não suportaria te encarar de frente, eu não saberia onde posicionar os braços enquanto falasse com você, eu não suportaria a grandiosidade da sua presença acentuando a mediocridade da minha. Tava escondido na varanda porque te guardo em segredo. Porque ali eu teria o pretexto da paisagem, de ter ouvido um barulho estranho na rua ou simplesmente de ter saído para tomar um ar ou ver o pôr do sol. Eu não precisaria esgueirar o que sinto. Tava escondido na varanda porque varanda é refúgio. A sala havia sido tomada por essa sua beleza e eu me sentiria um criminoso em te olhar nos olhos. Na varanda eu não sou ninguém e eu não te ocupo. Melhor assim, o não-dito. Enfim, somos frutos do que não é dito.
Fabrício Teixeira.
sábado, 23 de janeiro de 2010
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
ORGULHOOOOOO!!!!!!!!!!
Aí que meu irmão caçula, físico passou na prova de mestrado da Princeton University. Ou fomos trocados na maternidade ou a teoria da evolução bombou na família.#parabénsbro
Sábias palavras
Concordo totalmente. RT @GarciaBraulio Objetividade e competência não excluem ternura, sensibilidade e reflexão. O nome disso é embrutecimento.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Frases da Luisa que merecem destaque!
"Papai, tô com pobema de póstata" OIIIIIIIIII?
"Titia, pernilongo odeia cheiro de mosquito." É amor? quem te disse isso? "A vida né titia. Todo mundo sabe disso." E eu lá, com cara de caneca e uma vontade louca de apertar a pequenina.
"Victor - o irmão mais velho - cresce, você tá muito infantil". GENTIFERRRRRR...ELA TEM 4 ANOOOOOOS....
"Ai titia, minha unha estragou. Vou ter que fazer de novo. E acho que vou mudar a cor"
AHHHHHHHHHH.....QUE AMOOOOOOOOOOOOOOR!!!!
"Titia, pernilongo odeia cheiro de mosquito." É amor? quem te disse isso? "A vida né titia. Todo mundo sabe disso." E eu lá, com cara de caneca e uma vontade louca de apertar a pequenina.
"Victor - o irmão mais velho - cresce, você tá muito infantil". GENTIFERRRRRR...ELA TEM 4 ANOOOOOOS....
"Ai titia, minha unha estragou. Vou ter que fazer de novo. E acho que vou mudar a cor"
AHHHHHHHHHH.....QUE AMOOOOOOOOOOOOOOR!!!!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Amor que transformou a vida de muita gente...
"Amar é acolher. Amar é compreender. Amar é fazer o outro crescer." Zilda Arns.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
domingo, 10 de janeiro de 2010
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Ando meio sonolenta, desatenta, monocromática.
Sejam pacientes comigo, vai. Continuarei por algum tempo ainda recusando festas, fotos, flashes. Não consigo me lembrar onde deixei aqueles pedaços retorcidos que sobreviveram aos incêndios. Preciso encontrá-los, sei bem. Mas fiquei alérgica demais a gavetas, armários, caixas mofadas, roupas esquecidas na lavanderia, sapatos velhos de sola furada. É verdade que o movimento noturno que acontece debaixo da minha janela anda insinuando convites. Mas por hora, devo mantê-la fechada. E que ninguém venha me salvar. Deixei nos livros infantis os improváveis contos de fadas. Hoje eu quero a realidade possível. E nela, esses momentos de ausência espontânea são saudáveis e sem o menor drama, deliciosamente necessários.
Sejam pacientes comigo, vai. Continuarei por algum tempo ainda recusando festas, fotos, flashes. Não consigo me lembrar onde deixei aqueles pedaços retorcidos que sobreviveram aos incêndios. Preciso encontrá-los, sei bem. Mas fiquei alérgica demais a gavetas, armários, caixas mofadas, roupas esquecidas na lavanderia, sapatos velhos de sola furada. É verdade que o movimento noturno que acontece debaixo da minha janela anda insinuando convites. Mas por hora, devo mantê-la fechada. E que ninguém venha me salvar. Deixei nos livros infantis os improváveis contos de fadas. Hoje eu quero a realidade possível. E nela, esses momentos de ausência espontânea são saudáveis e sem o menor drama, deliciosamente necessários.
“Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada ‘impulso vital’. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como ‘estou contente outra vez‘”.
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
domingo, 3 de janeiro de 2010
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Meu desejo de ano novo a todos os meus amigos...
Que seus olhos possam ver, ainda que estejam fechados...
Que seu coração consiga se encantar diante dos menores e melhores detalhes...
Que a felicidade venha nas manhãs de segunda e não apenas aos sábados de sol...
Que você saiba atribuir o devido valor aos amigos verdadeiros...
Que a pista esteja sempre cheia e que sua música possa tocar bem alto...
Que haja silêncio sempre que você precisar...
Que você sonhe mais...
Que entenda que a felicidade está em percorrer e não apenas em chegar...
Que seja feliz na maior parte do tempo e forte na parte que restar...
Que venha 2010...e que ele seja do tamanho que você desejar!
Que seu coração consiga se encantar diante dos menores e melhores detalhes...
Que a felicidade venha nas manhãs de segunda e não apenas aos sábados de sol...
Que você saiba atribuir o devido valor aos amigos verdadeiros...
Que a pista esteja sempre cheia e que sua música possa tocar bem alto...
Que haja silêncio sempre que você precisar...
Que você sonhe mais...
Que entenda que a felicidade está em percorrer e não apenas em chegar...
Que seja feliz na maior parte do tempo e forte na parte que restar...
Que venha 2010...e que ele seja do tamanho que você desejar!
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
De uma carta endereçada ao amor...
...as vezes me pego as voltas com esse meu medo de sentir o que sinto...o que me faz, insanamente, calar o que meus olhos não sabem mais esconder...
...andei por aí perdida, no escuro, pensando se quem eu tanto queria também estava me querendo perdido, no escuro...ou nas festas, jantares, velas, perfumes bons mas que só nos causam náusea...não adianta a pessoa errada chegar com o perfume certo...
eu procurei tanto por você, amor, que você nem em sonho seria capaz de supor. Te buscava nas ruas, bocas, olhares e mapas que sempre conduziam aos lugares errados...
Andei sem destino, amor...
...mas já havia te econtrando dentro de mim...
...e agora que você chegou de fato, eu não vou calar esse sentimento...
...e ele diz que estou amando você... com todo o meu coração.
...não vejo a hora de ter você aqui para poder dizer isso te olhando nos olhos...
um beijo...calmo e demorado...meu amor.
...andei por aí perdida, no escuro, pensando se quem eu tanto queria também estava me querendo perdido, no escuro...ou nas festas, jantares, velas, perfumes bons mas que só nos causam náusea...não adianta a pessoa errada chegar com o perfume certo...
eu procurei tanto por você, amor, que você nem em sonho seria capaz de supor. Te buscava nas ruas, bocas, olhares e mapas que sempre conduziam aos lugares errados...
Andei sem destino, amor...
...mas já havia te econtrando dentro de mim...
...e agora que você chegou de fato, eu não vou calar esse sentimento...
...e ele diz que estou amando você... com todo o meu coração.
...não vejo a hora de ter você aqui para poder dizer isso te olhando nos olhos...
um beijo...calmo e demorado...meu amor.
sábado, 19 de dezembro de 2009
Compartilho com vocês, fragmentos de mim...escritos por ele...
Caio F. Abreu
"Não sei, deixo rolar. Vou olhar os caminhos, o que tiver mais coração, eu sigo."
"...depois de todas as tempestades e naufrágios o que fica de mim e em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro"
"É difícil me iludir, porque não costumo esperar muito de ninguém. Odeio dois beijinhos, aperto de mão, tumulto, calor, gente BURRA e quem não sabe mentir direito. Não puxo saco de ninguém, detesto que puxem meu saco também. Não faço amizades por conveniência, não sei rir se não estou achando graça, não atendo o telefone se não estou com vontade de conversar."
"Acho que sou bastante forte para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido suficientemente fraco para entrar."
"Será que, à medida que você vai vivendo, andando, viajando, vai ficando cada vez mais estrangeiro? Deve haver um porto."
"Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis."
"Meu coração tá ferido de amar errado."
"Acho espantoso viver, acumular memórias, afetos."
"Continuo a pensar que quando tudo parece sem saída, sempre se pode cantar. Por essa razão escrevo."
"Tenho uma vontade besta de voltar, às vezes. Mas é uma vontade semelhante à de não ter crescido"
"E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrario: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda"
"Tenho dias lindos, mesmo quietinhos"
"Mas sempre me pergunto por que, raios, a gente tem que partir. Voltar, depois, quase impossível"
"O tempo que temos, se estamos atentos, será sempre exato"
"Não é verdade que as pessoas se repitam. O que se repetem são as situações"
"Mudei muito, e não preciso que acreditem na minha mudança para que eu tenha mudado"
"Abraçe a sua loucura antes que seja tarde de mais"
"E, de qualquer forma, às cegas, às tontas, tenho feito o que acredito, do jeito talvez torto que sei fazer."
"Dane-se. Comigo sempre foi tudo ao contrário."
"Completamente insano, mas extremamente sábio."
"Sofre horrores mas continua do bem, sempre inventando histórias com final feliz."
"Minhas obviedades possuem mapas complexos."
"Não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha à mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar..."
"Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras"
"...estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado comigo: um dia encontro."
sobre o último fragmento...esse logo acima...eu já encontrei...
"Não sei, deixo rolar. Vou olhar os caminhos, o que tiver mais coração, eu sigo."
"...depois de todas as tempestades e naufrágios o que fica de mim e em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro"
"É difícil me iludir, porque não costumo esperar muito de ninguém. Odeio dois beijinhos, aperto de mão, tumulto, calor, gente BURRA e quem não sabe mentir direito. Não puxo saco de ninguém, detesto que puxem meu saco também. Não faço amizades por conveniência, não sei rir se não estou achando graça, não atendo o telefone se não estou com vontade de conversar."
"Acho que sou bastante forte para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido suficientemente fraco para entrar."
"Será que, à medida que você vai vivendo, andando, viajando, vai ficando cada vez mais estrangeiro? Deve haver um porto."
"Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis."
"Meu coração tá ferido de amar errado."
"Acho espantoso viver, acumular memórias, afetos."
"Continuo a pensar que quando tudo parece sem saída, sempre se pode cantar. Por essa razão escrevo."
"Tenho uma vontade besta de voltar, às vezes. Mas é uma vontade semelhante à de não ter crescido"
"E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrario: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda"
"Tenho dias lindos, mesmo quietinhos"
"Mas sempre me pergunto por que, raios, a gente tem que partir. Voltar, depois, quase impossível"
"O tempo que temos, se estamos atentos, será sempre exato"
"Não é verdade que as pessoas se repitam. O que se repetem são as situações"
"Mudei muito, e não preciso que acreditem na minha mudança para que eu tenha mudado"
"Abraçe a sua loucura antes que seja tarde de mais"
"E, de qualquer forma, às cegas, às tontas, tenho feito o que acredito, do jeito talvez torto que sei fazer."
"Dane-se. Comigo sempre foi tudo ao contrário."
"Completamente insano, mas extremamente sábio."
"Sofre horrores mas continua do bem, sempre inventando histórias com final feliz."
"Minhas obviedades possuem mapas complexos."
"Não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha à mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar..."
"Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras"
"...estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado comigo: um dia encontro."
sobre o último fragmento...esse logo acima...eu já encontrei...
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Fragmentos da vida no meio da noite....
Essa coisa de tentar decifrar o enigma da esfinge é tarefa pro Indiana Jones. Convenhamos, não dá pra ficar tentando adivinhar o que há do outro lado do muro.
Vamos lá meus queridos marmanjos (as), a sinceridade dá menos trabalho. É pápum. É só dizer na lata, na cara, na fuça, na alma, tudo o que se pensa, tudo o que se quer. Tudo aquilo que pode e aquele outro tanto que nunca poderá ser.
Daí, tudo se resolve. Ou vai cada um "prum" canto, ou todos vão curtir juntos o raio de sol que se atreve a chegar.
O que não rola é o "veja bem", a máscara, o palco, o teatro, a pseudo-platéia. Essa história de fazer apologia ao "benefício da dúvida" é coisa de covarde, de quem não quer ver, que não tá nem aí, que nunca se sentirá pronto para aguentar o tranco, o tapa na cara, o beijo na boca e a bofetada doída que conhecemos por "não".
Vamos acabar com a retórica mesquinha que engaiola tantas possibilidades na jaula do "quase". A vida passa e a gente nem vê. E quando ela cobra, acordamos atordoados no meio da nossa festa de despedida, onde todos os cartazes só indicam que o tempo passou...
...e contra a nossa vontade, viramos purpurina. E antes de acertar nossas contas, nos despedimos.
Ficamos devedores justo da felicidade. A "dívida" mais preciosa e que por covardia, é a mais ignorada...
...por QUASE todos...
Vamos lá meus queridos marmanjos (as), a sinceridade dá menos trabalho. É pápum. É só dizer na lata, na cara, na fuça, na alma, tudo o que se pensa, tudo o que se quer. Tudo aquilo que pode e aquele outro tanto que nunca poderá ser.
Daí, tudo se resolve. Ou vai cada um "prum" canto, ou todos vão curtir juntos o raio de sol que se atreve a chegar.
O que não rola é o "veja bem", a máscara, o palco, o teatro, a pseudo-platéia. Essa história de fazer apologia ao "benefício da dúvida" é coisa de covarde, de quem não quer ver, que não tá nem aí, que nunca se sentirá pronto para aguentar o tranco, o tapa na cara, o beijo na boca e a bofetada doída que conhecemos por "não".
Vamos acabar com a retórica mesquinha que engaiola tantas possibilidades na jaula do "quase". A vida passa e a gente nem vê. E quando ela cobra, acordamos atordoados no meio da nossa festa de despedida, onde todos os cartazes só indicam que o tempo passou...
...e contra a nossa vontade, viramos purpurina. E antes de acertar nossas contas, nos despedimos.
Ficamos devedores justo da felicidade. A "dívida" mais preciosa e que por covardia, é a mais ignorada...
...por QUASE todos...
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
sábado, 12 de dezembro de 2009
Achei tão lindo isso....
"DO MEDO DO (a)MAR
Não, não tenho medo de nada. Não tenho medo do escuro, não tenho medo da fome, não tenho medo da miséria. Não, não tenho medo. Nem do ontem, nem do amanhã. Muito menos do hoje. Sou um ser absolutamente sem medos. Não tenho medo de barata, nem de político safado, nem de mentira, nem de calúnia, injúria ou difamação. Não tenho medo de falar errado, nem de falar em público. Nem de falar errado em público. Sou um ser sem medo algum de coisa nenhuma. Não tenho medo de bomba atômica, nem de pular de pára-quedas. Não tenho medo de assalto, não tenho medo de câncer, muito menos de aids, já que não tenho medo de usar camisinha porque não tenho medo de não sentir prazer, e é porque não tenho medo de descobrir prazer até no que eu (se tivesse algum medo, evidentemente), poderia ter medo. Sou um ser completa e estranhamente sem medos. Não, não tenho medo nenhum de quebrar a perna, de perder o bilhete premiado da megasena acumulada, muito menos tenho medo de sofrer derrame, infarto do miocárdio, traumatismo craniano ou crise depressiva aguda. Medo eu não sei o que é. Não tenho. Nenhum pingo de medo algum. Sou tão sem medo, mas tão sem medo, que não tenho medo de asa-delta, nem de ser enterrado vivo, nem de perder um braço, uma perna ou um olho. Nem de perder o pinto. Tem homem que morre de medo de perder o pinto, porque tem medo de que, sem o pinto, não seja mais homem. Eu não tenho esses medos. Não sei o que é isso. Medo. Palavra estranha, grafada com quatro letras, como são quatro os cavaleiros do apocalipse. São quatro, mesmo, ou são seis? Quatro, seis, doze... Não importa, talvez seja ridícula essa comparação, mas nem do ridículo eu tenho medo. Eu não tenho medo de nada. Nem de inflação, nem de hiperinflação, de deflação, de infecção, de perturbação. Não tenho medo de nenhuma convicção ou imperfeição, nem de nenhuma participação em algo que seja obscuro, inseguro ou que permita que me chamem de obtuso. Sou um homem sem medos, consequentemente sem pavores. Obviamente, sem pânicos. Nada. Nada me tira do sério. Nada... Hã? Você... Está... Chorando? Porquê? Hein? É alguma coisa comigo? É? Diz pra mim... Você está me assustando... Por favor, fala... Não, não é medo... É assim... Uma sensação estranha... Olha pra mim... Não chora... Está certo que seus olhos ficam lindos assim, com cheiro de mar... Mas pare, por favor, porque de repente esse mar dentro dos seus olhos te leva lá pra longe, pra dobra do mundo... E quem sabe, mesmo, o que haverá por lá?"
André Gonçalves
Não, não tenho medo de nada. Não tenho medo do escuro, não tenho medo da fome, não tenho medo da miséria. Não, não tenho medo. Nem do ontem, nem do amanhã. Muito menos do hoje. Sou um ser absolutamente sem medos. Não tenho medo de barata, nem de político safado, nem de mentira, nem de calúnia, injúria ou difamação. Não tenho medo de falar errado, nem de falar em público. Nem de falar errado em público. Sou um ser sem medo algum de coisa nenhuma. Não tenho medo de bomba atômica, nem de pular de pára-quedas. Não tenho medo de assalto, não tenho medo de câncer, muito menos de aids, já que não tenho medo de usar camisinha porque não tenho medo de não sentir prazer, e é porque não tenho medo de descobrir prazer até no que eu (se tivesse algum medo, evidentemente), poderia ter medo. Sou um ser completa e estranhamente sem medos. Não, não tenho medo nenhum de quebrar a perna, de perder o bilhete premiado da megasena acumulada, muito menos tenho medo de sofrer derrame, infarto do miocárdio, traumatismo craniano ou crise depressiva aguda. Medo eu não sei o que é. Não tenho. Nenhum pingo de medo algum. Sou tão sem medo, mas tão sem medo, que não tenho medo de asa-delta, nem de ser enterrado vivo, nem de perder um braço, uma perna ou um olho. Nem de perder o pinto. Tem homem que morre de medo de perder o pinto, porque tem medo de que, sem o pinto, não seja mais homem. Eu não tenho esses medos. Não sei o que é isso. Medo. Palavra estranha, grafada com quatro letras, como são quatro os cavaleiros do apocalipse. São quatro, mesmo, ou são seis? Quatro, seis, doze... Não importa, talvez seja ridícula essa comparação, mas nem do ridículo eu tenho medo. Eu não tenho medo de nada. Nem de inflação, nem de hiperinflação, de deflação, de infecção, de perturbação. Não tenho medo de nenhuma convicção ou imperfeição, nem de nenhuma participação em algo que seja obscuro, inseguro ou que permita que me chamem de obtuso. Sou um homem sem medos, consequentemente sem pavores. Obviamente, sem pânicos. Nada. Nada me tira do sério. Nada... Hã? Você... Está... Chorando? Porquê? Hein? É alguma coisa comigo? É? Diz pra mim... Você está me assustando... Por favor, fala... Não, não é medo... É assim... Uma sensação estranha... Olha pra mim... Não chora... Está certo que seus olhos ficam lindos assim, com cheiro de mar... Mas pare, por favor, porque de repente esse mar dentro dos seus olhos te leva lá pra longe, pra dobra do mundo... E quem sabe, mesmo, o que haverá por lá?"
André Gonçalves
Para ouvir balançando os pezinhos em nuvens amarelas...é, amarelas!!!
And I want to wake up with the rain
Falling on a tin roof
While I'm safe there in your arms
So all I ask is for you
To come away with me in the night
Come away with me
Norah Jones
(via André Gonçalves)
Falling on a tin roof
While I'm safe there in your arms
So all I ask is for you
To come away with me in the night
Come away with me
Norah Jones
(via André Gonçalves)
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
"Meu coração é um poço de mel, no centro de um jardim encantado, alimentando beija-flores que, depois de prová-lo, transformam-se magicamente em cavalos brancos alados que voam para longe, em direção à estrela. Levam junto quem me ama, me levam junto também. Faquir involuntário, cascata de champanha, púrpura rosa do Cairo, sapato de sola furada, verso de Mário Quintana, vitrine vazia, navalha afiada, figo maduro, papel crepom, cão uivando pra lua, ruína, simulacro, varinha de incenso.
Acesa, aceso - vasto, vivo: meu coração é teu."
Caio F. Abreu
Acesa, aceso - vasto, vivo: meu coração é teu."
Caio F. Abreu
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
"Eu preciso muito muito de você eu quero muito muito você aqui de vez em quando nem que seja muito de vez em quando você nem precisa trazer maçãs nem perguntar se estou melhor você não precisa trazer nada só você mesmo você nem precisa dizer alguma coisa no telefone basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro.Mas eu preciso muito muito de você."
Caio F. Abreu
Caio F. Abreu
domingo, 6 de dezembro de 2009
Amei isso...
"I’m Debbie and…
I’m beginning to see the light. I’m a believer. I’m alive. I’m into something good. I’m leaving on a jet plane. I’m every woman. I’m not afraid of anything. I’m on to you. I’m only happy when it rains. I’m walking on sunshine. I’m the only one. I’m too sexy. I’m still standing. I am a rock. I’m like a bird. I’m no angel. I am the walrus. I’m easy like Sunday morning. I’m just a singer in a rock & roll band. I’m a daughter, sister, mother. I’m gonna be starting something. I am unfinished on a lot of things. I am not as strong as you think. I’m not kidding. I’m a green eyed girl. I’m finding beauty in hidden places. I’m counting my lucky stars. I am a freak for amazing architecture. I am my mother’s daughter. I am into you. I am what I am. I’m the girl next door."
Do Blog da Amandinha, uma amiga que eu amo!
I’m beginning to see the light. I’m a believer. I’m alive. I’m into something good. I’m leaving on a jet plane. I’m every woman. I’m not afraid of anything. I’m on to you. I’m only happy when it rains. I’m walking on sunshine. I’m the only one. I’m too sexy. I’m still standing. I am a rock. I’m like a bird. I’m no angel. I am the walrus. I’m easy like Sunday morning. I’m just a singer in a rock & roll band. I’m a daughter, sister, mother. I’m gonna be starting something. I am unfinished on a lot of things. I am not as strong as you think. I’m not kidding. I’m a green eyed girl. I’m finding beauty in hidden places. I’m counting my lucky stars. I am a freak for amazing architecture. I am my mother’s daughter. I am into you. I am what I am. I’m the girl next door."
Do Blog da Amandinha, uma amiga que eu amo!
Você está dormindo...
...eu estou escrevendo e sentindo os compassos da sua respiração...você parece um anjo...um presente... um diamante...você parece...VOCE!!!!
doce...raro...calmo...
...estou olhando por ti enquanto dorme...estou olhando por ti enquanto vive...
...estou dizendo agora com calma e carinho, enquanto passo as mãos pelos teus cabelos deliciosamente grisalhos:
- oi...vamos pra cama...lá é o lugar de continuar sonhando...
:-)
doce...raro...calmo...
...estou olhando por ti enquanto dorme...estou olhando por ti enquanto vive...
...estou dizendo agora com calma e carinho, enquanto passo as mãos pelos teus cabelos deliciosamente grisalhos:
- oi...vamos pra cama...lá é o lugar de continuar sonhando...
:-)
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Ainda que mal
"Ainda que mal pergunte,
ainda que mal respondas;
ainda que mal te entenda,
ainda que mal repitas;
ainda que mal insista,
ainda que mal desculpes;
ainda que mal me exprima,
ainda que mal me julgues;
ainda que mal me mostre,
ainda que mal me vejas;
ainda que mal te encare,
ainda que mal te furtes;
ainda que mal te siga,
ainda que mal te voltes;
ainda que mal te ame,
ainda que mal o saibas;
ainda que mal te agarre,
ainda que mal te mates;
ainda assim te pergunto
e me queimando em teu seio,
me salvo e me dano: amor."
Carlos Drummond de Andrade
ainda que mal respondas;
ainda que mal te entenda,
ainda que mal repitas;
ainda que mal insista,
ainda que mal desculpes;
ainda que mal me exprima,
ainda que mal me julgues;
ainda que mal me mostre,
ainda que mal me vejas;
ainda que mal te encare,
ainda que mal te furtes;
ainda que mal te siga,
ainda que mal te voltes;
ainda que mal te ame,
ainda que mal o saibas;
ainda que mal te agarre,
ainda que mal te mates;
ainda assim te pergunto
e me queimando em teu seio,
me salvo e me dano: amor."
Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
A arte de ser feliz
"Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim."
Cecília Meireles
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim."
Cecília Meireles
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
A menina com soluço....
Eu pra @rebokel, tipo uma da manhã: "oi, to com soluço, ta acordada?" desligamos só agora....e só falamos de coisas boas! Te amo, Rê. Tks!
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Paradoxal....
É na incoerência que eu me reconheço. Nas vezes que afirmo e naquelas que nego. Nas horas que fujo e que depois me entrego. Perambulando por aí sem ter um mapa que me guie. Mais moleca que gente grande, mais sorriso que cara feia. Diante da platéia, um ponto de exclamação definitivo. Na frente do espelho, uma interrogação constante. Sei tanto do mundo e tão pouco de mim. Sei tudo de mim e desconheço o mundo. Esse descompasso não me descomplica, não me dá sossego, não me tira o sono, não me rouba a paz. Ele faz de mim tudo isso e mais um tanto, alguém sem legendas, sem tradução, sem manual. Que por não querer se explicar, não pede explicação alguma. Que por só querer amar, não se contenta com menos!
domingo, 29 de novembro de 2009
A lua no cinema (Paulo Leminski)
A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.
Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!
Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.
A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
- Amanheça, por favor!
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.
Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!
Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.
A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
- Amanheça, por favor!
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Esse texto é antigo, estava nos rascunhos....mas do nada, senti falta dele aqui...
é no quase que me recordo...
quando quase me esqueço, quando quase sou feliz, quando quase consigo apagar do meu sangue que ainda corre quente, as lembranças delinquentes daquilo quase foi...
é no quase que me perco...
quando quase volto atrás, quando quase pego o telefone, quando quase lembro o número, quando quase digo alô...
é no quase que te reencontro...
quando quase acredito, quando quase sinto falta, quando quase sofro, quando quase choro...
e é no quase que eu me recomponho...eu nunca estive tão perto de estar tão longe de tudo aquilo...eu tô quase lá...
quando quase me esqueço, quando quase sou feliz, quando quase consigo apagar do meu sangue que ainda corre quente, as lembranças delinquentes daquilo quase foi...
é no quase que me perco...
quando quase volto atrás, quando quase pego o telefone, quando quase lembro o número, quando quase digo alô...
é no quase que te reencontro...
quando quase acredito, quando quase sinto falta, quando quase sofro, quando quase choro...
e é no quase que eu me recomponho...eu nunca estive tão perto de estar tão longe de tudo aquilo...eu tô quase lá...
terça-feira, 24 de novembro de 2009
"Ele abriu o sorriso.
Ele abriu.
Eu não soube dizer não.
Eu não.
Ele brincou com meus sentidos.
Ele fez.
Eu aceitei a ousadia.
Eu não fujo.
Ele soube seduzir.
Eu disse sim.
Ele soube compartilhar.
Eu me arrepiei.
Ele abriu o cofre da intimidade.
Eu decorei a combinação.
Ele me mostrou o início, o meio, o fim e o depois.
Eu não me perdi.
Ele fez brincadeiras.
Eu me diverti.
Ele abriu um sorriso.
Eu abri."
Egídio La Pasta Jr.
Ele abriu.
Eu não soube dizer não.
Eu não.
Ele brincou com meus sentidos.
Ele fez.
Eu aceitei a ousadia.
Eu não fujo.
Ele soube seduzir.
Eu disse sim.
Ele soube compartilhar.
Eu me arrepiei.
Ele abriu o cofre da intimidade.
Eu decorei a combinação.
Ele me mostrou o início, o meio, o fim e o depois.
Eu não me perdi.
Ele fez brincadeiras.
Eu me diverti.
Ele abriu um sorriso.
Eu abri."
Egídio La Pasta Jr.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
“sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo, meu deus como você me doía de vez em quando, eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada, um tempo enorme só olhando você sem dizer nada, só olhando e pensando, meu deus mas como você me dói de vez em quando.”
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Quando eu olhei pra você...
...não foi o sonho que eu vi. Também não vi a ilusão da perfeição leviana que cega e entorpece. Não vi o príncipe, não vi certeza, não vi a cura definitiva para a solidão que por vezes me captura...
...estava tudo lá...mas pra nada disso eu olhei...
Não vi o futuro, não pensei no passado, não fiz planos, não criei expectativas egoístas que só beneficiam seu próprio criador...
Não esperei. Não roteirizei. Não ouvi tocar os sinos. Nada disso aconteceu.
Mas algo muito maior que o clichê das borboletas me arrebatou. Um gosto doce, um cheiro bom, uma cor dos olhos da alma da pele dos pêlos da vida do percurso dos percalços... não sei que palavras usar...não as tenho...ninguém tem...nunca foram ditas...eu nunca as disse antes e nem ouvi dizer e nem li e nem sonhei...eu também não planejei...
Quando eu olhei pra você, eu mal consegui respirar...meus sentidos se ausentaram por segundos que não sei contar...
Quando eu enxerguei você...eu não conseguia te olhar...e contianuava te olhando...sem poder enxergar...
E mesmo sem te ver, eu conseguia te sentir...mas nunca te decifrar...
E nada de ruim me aconteceu depois de você...aliás, nada de nada me aconteceu depois de você... nada que eu tenha notado, computado, me importado...
Só você, entre os mil acontecimentos cotidianos, me aconteceu depois de você....
Isso importa...tudo isso me importa...você me importa...
...
...estava tudo lá...mas pra nada disso eu olhei...
Não vi o futuro, não pensei no passado, não fiz planos, não criei expectativas egoístas que só beneficiam seu próprio criador...
Não esperei. Não roteirizei. Não ouvi tocar os sinos. Nada disso aconteceu.
Mas algo muito maior que o clichê das borboletas me arrebatou. Um gosto doce, um cheiro bom, uma cor dos olhos da alma da pele dos pêlos da vida do percurso dos percalços... não sei que palavras usar...não as tenho...ninguém tem...nunca foram ditas...eu nunca as disse antes e nem ouvi dizer e nem li e nem sonhei...eu também não planejei...
Quando eu olhei pra você, eu mal consegui respirar...meus sentidos se ausentaram por segundos que não sei contar...
Quando eu enxerguei você...eu não conseguia te olhar...e contianuava te olhando...sem poder enxergar...
E mesmo sem te ver, eu conseguia te sentir...mas nunca te decifrar...
E nada de ruim me aconteceu depois de você...aliás, nada de nada me aconteceu depois de você... nada que eu tenha notado, computado, me importado...
Só você, entre os mil acontecimentos cotidianos, me aconteceu depois de você....
Isso importa...tudo isso me importa...você me importa...
...
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
O espantalho que sonhava em conhecer o mar....
...e a pessoa que generosamente, soube realizar o tal sonho...
Como eu amo esse filme, essa fábula, essa trilha e os sentimentos que tudo isso me traz. Fazia tempos que não via e hoje, do nada, me lembrei dele. Ele me faz acreditar que podemos criar campanhas tocantes, verdadeiras, emocionantes...que não vendem produtos apenas, mas que despertam desejos possíveis!
Como eu amo esse filme, essa fábula, essa trilha e os sentimentos que tudo isso me traz. Fazia tempos que não via e hoje, do nada, me lembrei dele. Ele me faz acreditar que podemos criar campanhas tocantes, verdadeiras, emocionantes...que não vendem produtos apenas, mas que despertam desejos possíveis!
Two Lovers
Filme arrebatador, que me fez querer ouvir "À flor da pele" - uma das mais lindas do Chico e do mundo na minha opinião...
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Dois ou três almoços, uns silêncios.
Caio Fernando Abreu
"Há alguns dias, Deus — ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus —, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro.
Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de "minha vida". Outros fragmentos, daquela "outra vida". De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão e cinzeiros cheios que os garçons rapidamente esvaziavam para que nos sentíssemos limpos. E nos sentíamos.
Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas.
Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obsessivo do conto de Clarice Lispector "Tentação" na cabeça estonteada de encanto: "Mas ambos estavam comprometidos. Ele, com sua natureza aprisionada. Ela, com sua infância impossível". Cito de memória, não sei se correto. Fala no encontro de uma menina ruiva, sentada num degrau às três da tarde, com um cão basset também ruivo, que passa acorrentado. Ele pára. Os dois se olham. Cintilam, prometidos. A dona o puxa. Ele se vai. E nada acontece.
De mais a mais, eu não queria. Seria preciso forjar climas, insinuar convites, servir vinhos, acender velas, fazer caras. Para talvez ouvir não. A não ser que soprasse tanto vento que velejasse por si. Não velejou. Além disso, sem perceber, eu estava dentro da aprendizagem solitária do não-pedir. Só compreendi dias depois, quando um amigo me falou — descuidado, também — em pequenas epifanias. Miudinhas, quase pífias revelações de Deus feito jóias encravadas no dia-a-dia.
Era isso - aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria.
Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome."
"Há alguns dias, Deus — ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus —, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro.
Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de "minha vida". Outros fragmentos, daquela "outra vida". De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão e cinzeiros cheios que os garçons rapidamente esvaziavam para que nos sentíssemos limpos. E nos sentíamos.
Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas.
Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obsessivo do conto de Clarice Lispector "Tentação" na cabeça estonteada de encanto: "Mas ambos estavam comprometidos. Ele, com sua natureza aprisionada. Ela, com sua infância impossível". Cito de memória, não sei se correto. Fala no encontro de uma menina ruiva, sentada num degrau às três da tarde, com um cão basset também ruivo, que passa acorrentado. Ele pára. Os dois se olham. Cintilam, prometidos. A dona o puxa. Ele se vai. E nada acontece.
De mais a mais, eu não queria. Seria preciso forjar climas, insinuar convites, servir vinhos, acender velas, fazer caras. Para talvez ouvir não. A não ser que soprasse tanto vento que velejasse por si. Não velejou. Além disso, sem perceber, eu estava dentro da aprendizagem solitária do não-pedir. Só compreendi dias depois, quando um amigo me falou — descuidado, também — em pequenas epifanias. Miudinhas, quase pífias revelações de Deus feito jóias encravadas no dia-a-dia.
Era isso - aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria.
Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome."
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
“Não sei, até hoje não sei se o príncipe era um deles. Eu não podia saber, ele não falava. E, depois, ele não veio mais. Eu dava um cavalo branco para ele, uma espada, dava um castelo e bruxas para ele matar, dava todas essas coisas e mais as que ele pedisse, fazia com a areia, com o sal, com as folhas dos coqueiros, com as cascas dos cocos, até com a minha carne eu construía um cavalo branco para aquele príncipe. Mas ele não queria, acho que ele não queria, e eu não tive tempo de dizer que quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa, até um castelo.”
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Lindo!
“dear karen,
if you’re reading this, it means i actually worked up the courage to mail it. so, good for me. you don’t know me very well but you get me started, i have a tendency to go on and on about how hard the writing is for me. but this… this is the hardest thing i’ve ever had to write. there’s no easy way to say this, so i’ll just say it.
i met someone.
it was an accident. i wasn’t looking for it. it wasn’t on the make. it was a perfect storm. she said one thing. i said another. next thing i knew, i wanted to spend the rest of my life in the middle of that conversation. now there’s this feeling in my gut. she might be the one. she’s completely nuts… in a way that makes me smile — highly neurotic. a great deal of maintenance required.
she is you, karen.
that’s the good news. the bad is that i don’t know how to be with you right now. and it scares the shit out of me. because if i’m not with you right now, i have this feeling we’ll get lost out there. it’s a big, bad world full of twists and turns, and people have a way of blinking and missing the moment… the moment that could’ve changed everything.
i don’t know what’s going on with us, and i can’t tell you why you should waste a leap of faith on the likes of me… but, damn, you smell good — like home. and you make excellent coffee. that’s got to count for something, right?
call me.
unfaithfully yours,
hank moody.”
O que eu quero de você. Por Milly Lacombe.
"Quero acordar do seu lado num domingo de manhã e saber que não temos hora para sair da cama. E, depois, ir tomar café na padaria e ler o jornal com você. Quero ouvir você me contar sobre o trabalho e falar detalhadamente de pessoas que eu não conheço, e nem vou conhecer, como se fossem meus velhos amigos. Quero ver você me olhar entre um gole de café e outro, sem nada para dizer, e apenas sorrir antes de voltar a folhear o caderno de cultura. Quero a sua mão no meu cabelo, dentro do carro, no caminho do seu apartamento. Quero deitar no sofá e ver você cuidar das plantas, escolher a playlist no ipod e dobrar, daquele seu jeito metódico e perfeccionista, as roupas esquecidas em cima da cama. E que, sem mais nem menos, você desista da arrumação, me jogue sobre a bagunça, me beije e me abrace como nunca fez antes com outra pessoa. E que pergunte se eu quero ver um DVD mais tarde. Quero tomar uma taça de vinho no fim do dia e deitar do seu lado na rede, olhando a lua e ouvindo você me contar histórias do passado. Quero escutar você falar do futuro e sonhar com minha imagem nele, mesmo sabendo que eu provavelmente não estarei lá. Quero que você ignore a improbabilidade da nossa jornada e fale da casa que teremos no campo. Quero que você a descreva em detalhes, que fale do jardim que construiremos, e dos cachorros que compraremos. E que faça tudo isso enquanto passa a mão nas minhas costas e me beija o rosto. Quero que você nunca perca de vista a música da sua existência, e que me prometa ter entendido que a felicidade não é um destino, mas a viagem. E que, por isso, teremos sido felizes pelos vários domingos na cama e pelos sonhos que compartilhamos enquanto olhávamos a lua. Que você acredite que não me deve nada simplesmente porque os amores mais puros não entendem dívida, nem mágoa, nem arrependimento. Então, que não se arrependa. Da gente. Do que fomos. De tudo o que vivemos. Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. Que termine com a sensação de ter me degustado por completo, mas como quem sai da mesa antes da sobremesa: com a impressão que poderia ter se fartado um pouco mais. E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, para poucos ouvintes, como se ela tivesse sido a mais bela história de amor da sua vida. E que uma parte de você acredite que ela foi, de fato, a mais bela história de amor da sua vida. Que você nunca mais deixe de pensar em mim quando for a Londres, escutar Dream’ Bout Me ou ler Nick Hornby. E, por fim, que você continue a dançar na sala. Para sempre. Mesmo quando eu não estiver mais olhando."
terça-feira, 3 de novembro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
“É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia”, quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.”
— Luiz Fernando Veríssimo
— Luiz Fernando Veríssimo
“Boas e bobas, são as coisas todas que penso quando penso em você. Assim: de repente ao dobrar uma esquina dou de cara com você que me prega um susto de mentirinha como aqueles que as crianças pregam umas nas outras. Finjo que me assusto, você me abraça e vamos tomar um sorvete, suco de abacaxi com hortelã ou comer salada de fruta em qualquer lugar. Assim: estou pensando em você e o telefone toca e corta o meu pensamento e o do outro lado do fio você me diz: estou pensando tanto em você”
— Caio F.
— Caio F.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
“Love isn’t about the romantic nights or gifts. It isn’t about fireworks going off around you when you have that first real kiss. Love isn’t about kissing in the rain and dancing beneath the stars. It isn’t about the big moments or the big surprises. Love is not a fairytale. Love is about still having the butterflies after years. It’s about the second looks and laying in bed wide awake, all night, because you can’t go to sleep mad at each other. It’s about being willing to sacrifice, literally, everything for someone, just because you care so deeply for them. It’s not about buying them gifts, but it’s about leaving them little presents here and there, just to remind them that you are constantly thinking about them. Love is about all of the little things, that add up to really big things. Love is rare and special, but should not be treated as if it will break. Love needs to be thrown around and beat up a little bit, worn in, but not worn down. Love needs to be a comfortable feeling, a place to go when no one else in the world can relate. A safe place, where you know that no matter how ugly you look or how angry you are, you will still be loved. ”
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
...
Coloque um pouquinho de açúcar nas mágoas e transforme-as em algodão doce. Silencie as possíveis frases impensadas, que por desventura possam magoar alguém.
Reflita. Antes da ação, da omissão, das palavras e do silêncio.
Se desculpe. Conceda o perdão.
Seja grato aos que estão ou estiveram ao seu lado em momentos de alegria e tristeza. Deixe que eles saibam da sua gratidão.
Fale a verdade. Com respeito e delicadeza.
Não use as pessoas. Quando precisar delas, peça ajuda. E nunca as traia. Pois um dia elas saberão e quando souberem, nutrirão sentimentos nada nobres por você. E acho que pena, é o pior deles.
Não deixe ninguém querer apagar o passado que viveu ao seu lado. Faça por onde ser uma boa lembrança.
Não colecione máscaras. Elas não caem bem em ninguém.
Seja sincero diante do espelho. Assuma virtudes, reconheça limitações. Trabalhe duro para conseguir ser aquilo que te agrada.
Seja honesto. Primeiro com você e sempre com os demais.
Não perca o tempo das pessoas vivendo com elas histórias pela metade. Seja sincero do início ao fim. Ainda que você não possa dizer o que o outro quer ouvir.
Pra quê?
Para receber telefonemas de amigos que se importam. Para poder comemorar o ano novo com gente que te ama. Para ter com quem dividir o mel e o fel. Para abrir o melhor vinho e brindar olhando nos olhos. Pra que a casa esteja sempre cheia. Pra que a vida tenha sempre sentido, ainda que os momentos difíceis queiram tirar isso dela.
Reflita. Antes da ação, da omissão, das palavras e do silêncio.
Se desculpe. Conceda o perdão.
Seja grato aos que estão ou estiveram ao seu lado em momentos de alegria e tristeza. Deixe que eles saibam da sua gratidão.
Fale a verdade. Com respeito e delicadeza.
Não use as pessoas. Quando precisar delas, peça ajuda. E nunca as traia. Pois um dia elas saberão e quando souberem, nutrirão sentimentos nada nobres por você. E acho que pena, é o pior deles.
Não deixe ninguém querer apagar o passado que viveu ao seu lado. Faça por onde ser uma boa lembrança.
Não colecione máscaras. Elas não caem bem em ninguém.
Seja sincero diante do espelho. Assuma virtudes, reconheça limitações. Trabalhe duro para conseguir ser aquilo que te agrada.
Seja honesto. Primeiro com você e sempre com os demais.
Não perca o tempo das pessoas vivendo com elas histórias pela metade. Seja sincero do início ao fim. Ainda que você não possa dizer o que o outro quer ouvir.
Pra quê?
Para receber telefonemas de amigos que se importam. Para poder comemorar o ano novo com gente que te ama. Para ter com quem dividir o mel e o fel. Para abrir o melhor vinho e brindar olhando nos olhos. Pra que a casa esteja sempre cheia. Pra que a vida tenha sempre sentido, ainda que os momentos difíceis queiram tirar isso dela.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
"Scusa Ma Ti Chiamo Amore"
E a trilha....
Não vai fazer diferença a idade, a profissão, a experiência, o currículo.
Se conhece o mundo o inteiro, se escolhe o vinho pela safra ou se não entende nada de uvas. Se tem planos grandiosos, se já se casou, sem tem filhos ou se nem pensa nisso.
Não será levado em conta o passado, os ex amores, os traumas, as dores.
Nada pode impedir, nem boicotar, nem fechar o tempo para o amor ensolarado quando ele resolve chegar.
De nada adiantam os planos, planilhas, cartomantes, florais.
Nem os rivotris, passifloras, terapeutas, arsenais.
O amor quando chega, nos tira a calma, remove das paredes as fotos antigas, expulsa da casa o cheiro de mofo, se instala ali e cria raízes.
Ele vem comer pipoca no sofá e nos deixar recados carinhosos no Moleskini, que subitamente nos encanta ao acordar.
E nos ensina o que já sabemos de cor...
E nos surpreende com uma verdade que é nossa...
E nos leve a crer na felicidade possível...
E gratos que somos, retribuímos...
E felizes que estamos, nos entregamos!
domingo, 20 de setembro de 2009
sábado, 19 de setembro de 2009
O bom senso já era, né não minha gente.
Fiquei horas pensando em como contar o episódio que segue. Pensei em falar na terceira pessoa pra fingir que não aconteceu comigo, considerei encarnar um dos personagens da Pixar, que dizem verdades de um jeito fofinho, procurei no google algo sobre aulas de "defuntês" já que morri de vergonha alheia (e devo admitir, própria também), mas fracassei. Foi aí que resolvi relatar os fatos como eles realmente aconteceram. A começar assumindo a tragédia - sim, aconteceu comigo.
Outro dia, indo jantar, esbarrei com um ilustre desconhecido no elevador. Eu saindo, ele entrando. Graças a Deus!!! E vocês já vão entender os motivos de tamanha gratidão divina da minha parte, por não ter ficado alguns andares naquele minúsculo quadrado ao lado do cidadão.
Naquela sexta-feira fui ao salão, pintei as patinhas de vermelho, mandei que deixassem meu cabelo igualzinho aos dos comerciais de shampoo, comprei roupa nova, me perfumei, me maquiei e saí de casa decidida a exuberar - vulgo: estava me achando! Mas definitivamente, causar no elevador não fazia parte dos meus planos.
Chegando em casa, o "Seu Antônio" porteiro do prédio me diz:
- Flávia, deixaram essas flores pra você.
- Cuma?
Os 40 segundos que passei dentro do elevador sem conseguir abrir o cartão, foram suficientes para imaginar todas as possibilidades - reais e improváveis - da origem daquelas flores. Já os 10 segundos que levei para ler, foram o bastante pra que eu me perguntasse: oi? hein? hã?
As flores eram lindas e as palavras delicadas e gentis. Elas falavam sobre um encontro de 5 segundos no elevador, entre o abrir e o fechar de uma porta, com uma mulher que não lhe deixou outra saída a não ser encontrar meios chegar até ela. Achei a atitude impressionantemente segura e incomum.
E terminou o cartão dizendo: prazer, Fulano. 8348 ****. Claro que me senti lisonjeada! Admiro pessoas que pagam pra ver.
(Mas cá entre nós né gente, é óooooobvio que daria merda!! Afinal, quando a esmola é muita...já sabe. Vai veeeeeeeendo...)
Antes de continuar, quero deixar duas coisas bem claras: 1 - eu sou do tipo que acredita que o acaso nos reserva sempre algo mais espetacular do que podemos supor. 2 - as vezes eu erro na mosca.
Pois bem, mandei uma mensagem agradecendo a gentileza. Ele obviamente ligou e falamos muito, sobre muitas coisas, durante muito tempo ao telefone. Confesso que foi um papo divertido que me deixou curiosa em relação ao rapaz.
Aceitei o convite pra jantar. A falta de empatia foi tanta que inventei uma alergia devastadora bem no meio do prato principal, o que por si só, já seria uma bela sinopse da tragédia. Ela piorou, quando entramos no carro pra ir embora e ele disse: escolhe um CD pra gente. Bom, entre Padre Marcelo, Roupa Nova e Fábio Junior, eu escolhi morrer. "Querido, me leva pra casa sem música mesmo, defunto não escuta" Como eu gostaria de ter dito isso. Mas fui delicada e disse: "que tal colocarmos na OI FM? Super legal, já ouviu?" O silêncio seria ensurdecedor caso a OI não estivesse ali. Nada deu liga. Nem o papo, nem as históras de vida, muito menos as preferências musicais.
Há duas quadras de casa eu já segurava decididamente a maçaneta da porta do carro, para que não houvesse chance dele desligar o motor. ELE DESLIGOU. Só pra gastar gasolina e poluir o mundo, já que desci do inferno em um segundo dizendo apenas: valeu.
Apesar de ele ter meu endereço, meu telefone e de eu ser vizinha da irmã dele, imaginei ter ficado claro que JAMAIS nos veríamos novamente. Havia um luminoso na minha testa dizendo: NEM PENSE EM ME CHAMAR PRA SAIR DE NOVO. Gente, eu não dei nenhum aperto de mão em agradecimento ao jantar. Eu fugi daquele carro como o capeta foge da cruz.
Ainda assim, o recordista mundial da falta de noção e de bom gosto musical, me ligou exaustivamente TODOS os dias por DUAS semanas. Eu não atendia, ele mandava mensagem, eu não respondia, ele ligava de novo. Sem obter resposta alguma, ele resolveu visitar a irmã e claro, teve a brilhante idéia de me interfonar dizendo: Fláaaaaa, vem aqui conhecer meu sobrinho!!!
Bom, fiquei uns 30 segundos mergulhada naquela hecatombe até que soltei a seguinte frase: fulano, estou com visita em casa e não achei delicado essa sua atitude. Você já me ligou 3 vezes essa tarde e eu não atendi. Qual a parte do "não estou interessada" eu vou ter que desenhar? Daí vem a pérola: desculpe. Você está ocupada né. Eu te ligo essa semana pra gente combinar um jantar.
Minha Mãe Menininha do "Cantuá"! Tenha piedade dessa alma inadequada. O Cara tem um vestido de noiva na mochila. Bobeou, ele te leva pro altar.
Acho que ele é do tipo que vê novela. Daí fantasia que o amor da vida dele vai aparecer do nada, numa situação improvável e se apaixonar loucamente pelos seus lindos olhos verdes. Ah claro, e se impressionar pelo seu pitoresco gosto musical.
Vou falar viu, devo ter picado cebolinha na tábua da salvação pra ter um tipo desses na minha cola. Nada pior que gente insistente que se recusa a aceitar o não como resposta.
Volta pro mar, oferenda. Volta.
Outro dia, indo jantar, esbarrei com um ilustre desconhecido no elevador. Eu saindo, ele entrando. Graças a Deus!!! E vocês já vão entender os motivos de tamanha gratidão divina da minha parte, por não ter ficado alguns andares naquele minúsculo quadrado ao lado do cidadão.
Naquela sexta-feira fui ao salão, pintei as patinhas de vermelho, mandei que deixassem meu cabelo igualzinho aos dos comerciais de shampoo, comprei roupa nova, me perfumei, me maquiei e saí de casa decidida a exuberar - vulgo: estava me achando! Mas definitivamente, causar no elevador não fazia parte dos meus planos.
Chegando em casa, o "Seu Antônio" porteiro do prédio me diz:
- Flávia, deixaram essas flores pra você.
- Cuma?
Os 40 segundos que passei dentro do elevador sem conseguir abrir o cartão, foram suficientes para imaginar todas as possibilidades - reais e improváveis - da origem daquelas flores. Já os 10 segundos que levei para ler, foram o bastante pra que eu me perguntasse: oi? hein? hã?
As flores eram lindas e as palavras delicadas e gentis. Elas falavam sobre um encontro de 5 segundos no elevador, entre o abrir e o fechar de uma porta, com uma mulher que não lhe deixou outra saída a não ser encontrar meios chegar até ela. Achei a atitude impressionantemente segura e incomum.
E terminou o cartão dizendo: prazer, Fulano. 8348 ****. Claro que me senti lisonjeada! Admiro pessoas que pagam pra ver.
(Mas cá entre nós né gente, é óooooobvio que daria merda!! Afinal, quando a esmola é muita...já sabe. Vai veeeeeeeendo...)
Antes de continuar, quero deixar duas coisas bem claras: 1 - eu sou do tipo que acredita que o acaso nos reserva sempre algo mais espetacular do que podemos supor. 2 - as vezes eu erro na mosca.
Pois bem, mandei uma mensagem agradecendo a gentileza. Ele obviamente ligou e falamos muito, sobre muitas coisas, durante muito tempo ao telefone. Confesso que foi um papo divertido que me deixou curiosa em relação ao rapaz.
Aceitei o convite pra jantar. A falta de empatia foi tanta que inventei uma alergia devastadora bem no meio do prato principal, o que por si só, já seria uma bela sinopse da tragédia. Ela piorou, quando entramos no carro pra ir embora e ele disse: escolhe um CD pra gente. Bom, entre Padre Marcelo, Roupa Nova e Fábio Junior, eu escolhi morrer. "Querido, me leva pra casa sem música mesmo, defunto não escuta" Como eu gostaria de ter dito isso. Mas fui delicada e disse: "que tal colocarmos na OI FM? Super legal, já ouviu?" O silêncio seria ensurdecedor caso a OI não estivesse ali. Nada deu liga. Nem o papo, nem as históras de vida, muito menos as preferências musicais.
Há duas quadras de casa eu já segurava decididamente a maçaneta da porta do carro, para que não houvesse chance dele desligar o motor. ELE DESLIGOU. Só pra gastar gasolina e poluir o mundo, já que desci do inferno em um segundo dizendo apenas: valeu.
Apesar de ele ter meu endereço, meu telefone e de eu ser vizinha da irmã dele, imaginei ter ficado claro que JAMAIS nos veríamos novamente. Havia um luminoso na minha testa dizendo: NEM PENSE EM ME CHAMAR PRA SAIR DE NOVO. Gente, eu não dei nenhum aperto de mão em agradecimento ao jantar. Eu fugi daquele carro como o capeta foge da cruz.
Ainda assim, o recordista mundial da falta de noção e de bom gosto musical, me ligou exaustivamente TODOS os dias por DUAS semanas. Eu não atendia, ele mandava mensagem, eu não respondia, ele ligava de novo. Sem obter resposta alguma, ele resolveu visitar a irmã e claro, teve a brilhante idéia de me interfonar dizendo: Fláaaaaa, vem aqui conhecer meu sobrinho!!!
Bom, fiquei uns 30 segundos mergulhada naquela hecatombe até que soltei a seguinte frase: fulano, estou com visita em casa e não achei delicado essa sua atitude. Você já me ligou 3 vezes essa tarde e eu não atendi. Qual a parte do "não estou interessada" eu vou ter que desenhar? Daí vem a pérola: desculpe. Você está ocupada né. Eu te ligo essa semana pra gente combinar um jantar.
Minha Mãe Menininha do "Cantuá"! Tenha piedade dessa alma inadequada. O Cara tem um vestido de noiva na mochila. Bobeou, ele te leva pro altar.
Acho que ele é do tipo que vê novela. Daí fantasia que o amor da vida dele vai aparecer do nada, numa situação improvável e se apaixonar loucamente pelos seus lindos olhos verdes. Ah claro, e se impressionar pelo seu pitoresco gosto musical.
Vou falar viu, devo ter picado cebolinha na tábua da salvação pra ter um tipo desses na minha cola. Nada pior que gente insistente que se recusa a aceitar o não como resposta.
Volta pro mar, oferenda. Volta.
sábado, 12 de setembro de 2009
Amo!!!
Música linda. Clique aqui para ouvir e ver o clip...
La Liste
Aller à un concert
Repeindre ma chambre en vert
Boire de la vodka
Aller chez Ikea
Mettre un décolleté
Louer un meublé
Et puis tout massacrer
Pleurer pour un rien
Acheter un chien
Faire semblant d’avoir mal
Et mettre les voiles
Fumer beaucoup trop
Prendre le métro
Et te prendre en photo
Jeter tout par les fenêtres
T’aimer de tout mon être
Je ne suis bonne qu’à ça
Est ce que ça te dé-çoit ?
J’ai rien trouver de mieux à faire
et ça peut paraître bien ordinaire
et c’est la liste des choses que je veux faire avec toi
Te faire mourir de rire
Aspirer tes soupirs
M’enfermer tout le jour
Ecrire des mots d’amour
Boire mon café noir
Me lever en retard
Pleurer sur un trottoir
Me serrer sur ton coeur
Pardonner tes erreurs
Jouer de la guitare
Danser sur un comptoir
Remplir un caddie
Avoir une petite fille
Et passer mon permis
Jeter tout par les fenêtres
T’aimer de tout mon être
Je ne suis bonne qu’à ça
Est ce que ça te dé-çoit ?
J’ai rien trouver de mieux à faire
Et ça peut paraitre bien ordinaire
Et c’est la liste des choses que je veux faire avec toi
ha ha
ha ya
Je sais je suis trop naïve
De dresser la liste non exhaustive
De toutes ces choses que je voudrais faire avec toi
T’embrasser partout
S’aimer quand on est saouls
Regarder les infos
Et fumer toujours trop
Eveiller tes soupçons
Te demander pardon
Et te traiter de con
Avoir un peu de spleen
Ecouter Janis Joplin
Te regarder dormir
Me regarder guérir
Faire du vélo à deux
Se dire qu’on est heureux
Emmerder les envieux.
La Liste
Aller à un concert
Repeindre ma chambre en vert
Boire de la vodka
Aller chez Ikea
Mettre un décolleté
Louer un meublé
Et puis tout massacrer
Pleurer pour un rien
Acheter un chien
Faire semblant d’avoir mal
Et mettre les voiles
Fumer beaucoup trop
Prendre le métro
Et te prendre en photo
Jeter tout par les fenêtres
T’aimer de tout mon être
Je ne suis bonne qu’à ça
Est ce que ça te dé-çoit ?
J’ai rien trouver de mieux à faire
et ça peut paraître bien ordinaire
et c’est la liste des choses que je veux faire avec toi
Te faire mourir de rire
Aspirer tes soupirs
M’enfermer tout le jour
Ecrire des mots d’amour
Boire mon café noir
Me lever en retard
Pleurer sur un trottoir
Me serrer sur ton coeur
Pardonner tes erreurs
Jouer de la guitare
Danser sur un comptoir
Remplir un caddie
Avoir une petite fille
Et passer mon permis
Jeter tout par les fenêtres
T’aimer de tout mon être
Je ne suis bonne qu’à ça
Est ce que ça te dé-çoit ?
J’ai rien trouver de mieux à faire
Et ça peut paraitre bien ordinaire
Et c’est la liste des choses que je veux faire avec toi
ha ha
ha ya
Je sais je suis trop naïve
De dresser la liste non exhaustive
De toutes ces choses que je voudrais faire avec toi
T’embrasser partout
S’aimer quand on est saouls
Regarder les infos
Et fumer toujours trop
Eveiller tes soupçons
Te demander pardon
Et te traiter de con
Avoir un peu de spleen
Ecouter Janis Joplin
Te regarder dormir
Me regarder guérir
Faire du vélo à deux
Se dire qu’on est heureux
Emmerder les envieux.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Não é a regra e cabe a nós, não deixar que se torne.
Acontece que alguns...
Exilaram a magia. Confiscaram a piada. Aprisionaram o pensamento numa gaveta pequena e fria. Na crença vil e míope de manipular o tempo, transformaram dias de inspiração pulsante, em míseras horas de noites tão insones quanto improdutivas.
Levaram embora a capacidade de surpreender. Fizeram um selo com o mantra "agregar valor" substituindo, insanamente, a graciosidade elementar por argumentos patéticos. O memorável pediu o divórcio e não deixou o novo endereço.
Por medo de apostar no incomum, elegeram a mesmice como porta-voz vitalícia das mensagens nossas de cada dia. O valor das idéias deixou de ser uma causa pela qual vale à pena lutar para virar um slogan.
Surrupiaram a inspiração e andam por aí pagando o que for necessário por algo que faça o raso parecer profundo. Proibiram a grande idéia de transitar livremente pelas cabeças de quem quer que seja, já que elas se encontram ocupadas demais em cumprir os prazos.
Burocratizaram sentimentos e intuições. Engravataram a liberdade. Censuram a vocação. Assaltaram o talento deixando o coitadinho por aí, constrangido e de calças curtas.
Prescreveram ansiolíticos para a inquietação criativa. Colocaram no pedestal a repetição, as perguntas irrelevantes, as respostas velhas e sem dentes.
Racionalizaram, endureceram, se equivocaram e não satisfeitos, elevaram a arrogância à milésima potência, causando a impotência - espero que temporária - do dom de transformar uma puta idéia em gargalhadas, diversão, lágrimas, motivação e por fim, no tão esperado, relacionamento.
Ainda assim, eu acredito. Apesar de tudo, tenho absoluta certeza da fragilidade da miopia. Afinal, temos muitos corações encantados por aí, semeando pacientemente, a possibilidade da volta do encantamento.
Que seja possível encantar, que do encantamento venha o desejo e que cada desejo se transforme em realização.
Exilaram a magia. Confiscaram a piada. Aprisionaram o pensamento numa gaveta pequena e fria. Na crença vil e míope de manipular o tempo, transformaram dias de inspiração pulsante, em míseras horas de noites tão insones quanto improdutivas.
Levaram embora a capacidade de surpreender. Fizeram um selo com o mantra "agregar valor" substituindo, insanamente, a graciosidade elementar por argumentos patéticos. O memorável pediu o divórcio e não deixou o novo endereço.
Por medo de apostar no incomum, elegeram a mesmice como porta-voz vitalícia das mensagens nossas de cada dia. O valor das idéias deixou de ser uma causa pela qual vale à pena lutar para virar um slogan.
Surrupiaram a inspiração e andam por aí pagando o que for necessário por algo que faça o raso parecer profundo. Proibiram a grande idéia de transitar livremente pelas cabeças de quem quer que seja, já que elas se encontram ocupadas demais em cumprir os prazos.
Burocratizaram sentimentos e intuições. Engravataram a liberdade. Censuram a vocação. Assaltaram o talento deixando o coitadinho por aí, constrangido e de calças curtas.
Prescreveram ansiolíticos para a inquietação criativa. Colocaram no pedestal a repetição, as perguntas irrelevantes, as respostas velhas e sem dentes.
Racionalizaram, endureceram, se equivocaram e não satisfeitos, elevaram a arrogância à milésima potência, causando a impotência - espero que temporária - do dom de transformar uma puta idéia em gargalhadas, diversão, lágrimas, motivação e por fim, no tão esperado, relacionamento.
Ainda assim, eu acredito. Apesar de tudo, tenho absoluta certeza da fragilidade da miopia. Afinal, temos muitos corações encantados por aí, semeando pacientemente, a possibilidade da volta do encantamento.
Que seja possível encantar, que do encantamento venha o desejo e que cada desejo se transforme em realização.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
No mar...
Ela caminhou por algumas horas na areia. Garoava insistentemente, mas não estava frio. O mar estava inconstante. Oscilava entre agitação e uma quase calma. Parecia orquestrado pelos pensamentos dela. Eles vinham causando certo tumulto, tateavam pedaços de sentimentos, histórias difusas, esperanças meio fora do contexto, que na medida em que se acalmavam, voltavam para o mar.
Ela estava longe de sentimentos irracionais. Consciente. Era isso. Ela estava consciente. E a consciência, tira os holofotes dos sentimentos mais irracionais, colocando uma calma equilibrada no lugar deles.
Ela caminhou completamente sozinha por algumas horas, tentando compreender que parte lhe falta que nunca esteve ali. É curioso o fato das pessoas sentirem saudade de coisas que nunca viveram. Porque é uma saudade com a qual ninguém sabe lidar. As pessoas sabem administrar perdas, ausências, ganhos, conquistas. Mas definitivamente não estão prontas para entender a falta que sentem do dia de amanhã e das surpresas que ele reserva.
Na caminhada, ela não conseguia distinguir o som das ondas da melodia de seus pensamentos. Ela repetiu mentalmente por vezes seguidas uma frase, quase um mantra, que dizia; "eu não estou ignorando, eu estou dimensionando". E dimensionar é como ranquear. Cada pessoa, plano, sentimento e sonho tem seu devido lugar reservado coração. É preciso dimensionar para não se confundir, para não se desgastar.
Ela caminhou sem se importar com o ponto de chegada. Apenas se concentrou no caminho. Em seus passos. No mar de pensamentos trazidos pelas ondas.
Por fim, sentou-se ali. Olhos presos no horizonte. Sentimentos soltos ao vento. Vagas promessas, grandes desejos, planos reais, pequenas epifanias...
Ela estava longe de sentimentos irracionais. Consciente. Era isso. Ela estava consciente. E a consciência, tira os holofotes dos sentimentos mais irracionais, colocando uma calma equilibrada no lugar deles.
Ela caminhou completamente sozinha por algumas horas, tentando compreender que parte lhe falta que nunca esteve ali. É curioso o fato das pessoas sentirem saudade de coisas que nunca viveram. Porque é uma saudade com a qual ninguém sabe lidar. As pessoas sabem administrar perdas, ausências, ganhos, conquistas. Mas definitivamente não estão prontas para entender a falta que sentem do dia de amanhã e das surpresas que ele reserva.
Na caminhada, ela não conseguia distinguir o som das ondas da melodia de seus pensamentos. Ela repetiu mentalmente por vezes seguidas uma frase, quase um mantra, que dizia; "eu não estou ignorando, eu estou dimensionando". E dimensionar é como ranquear. Cada pessoa, plano, sentimento e sonho tem seu devido lugar reservado coração. É preciso dimensionar para não se confundir, para não se desgastar.
Ela caminhou sem se importar com o ponto de chegada. Apenas se concentrou no caminho. Em seus passos. No mar de pensamentos trazidos pelas ondas.
Por fim, sentou-se ali. Olhos presos no horizonte. Sentimentos soltos ao vento. Vagas promessas, grandes desejos, planos reais, pequenas epifanias...
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
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